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9 de março de 2023 - 26 minutes

A desigualdade de género na tecnologia... Vamos falar sobre isto

A desigualdade de género na tecnologia é bastante abrangente e necessita de esforços sociais e pessoais para ser resolvida. 

Juliette Erath - Tech Writer

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Com frequência ouvir-nos-á a falar da imensidão da indústria da tecnologia (naturalmente), que é algo no qual acreditamos veemente. É um lugar onde vemos todos os tipos de pessoas a construir uma carreira dos seus sonhos, sem olhar para o seu contexto, para a sua situação socioeconómica, para a demografia ou até para a sua personalidade. 

Porém, seria negligente da nossa parte falar do estado da indústria de tecnologia e não incluir o problema prevalecente da desigualdade de género na mão de obra. Para além das implicações sociais óbvias que esta área, maioritariamente dominada por homens, tem, a desigualdade de género também afeta a política no geral, a economia e os comportamentos culturais. A verdade é que o local de trabalho e a desigualdade de competência na indústria da tecnologia podem ser amplamente atribuídos à vasta desigualdade de género. Para responder a esta desigualdade que já é internacional e que é crescente, é necessário fazer verdadeiros esforços para compreender a origem deste problema e resolvê-lo. 

Vemos que se fazem esforços neste campo de batalha todos os dias em todos os cantos da nossa comunidade nos EUA, na Europa e na América do Sul. O que não faz sentido é combater um problema que realmente não se compreende. Portanto, a nossa intenção é observar o estado atual da desigualdade de género na tecnologia, perceber onde está a raiz do problema e perspetivar futuras soluções.

Sexismo e discriminação de género

A indústria da tecnologia não é a única a enfrentar desafios na diversidade. Longe disso! O sexismo e a discriminação de género são histórias da carochinha já bem antigas, infelizmente.

O sexismo é um conceito complicado, mas é composto pela crença de que há um sexo ou género superior a outro. A discriminação de género, por outro lado, descreve um tipo de discriminação com base na identidade de género da pessoa. Este tipo de discriminação, que historicamente é associado a dar preferência aos homens, tem efeitos drásticos. A sociedade é fortemente influenciada por expetativas relativas ao género, que são capazes de alterar escolhas de carreira, opções de local de trabalho, a forma como agimos, o que devemos estudar e muito mais. 

Um dos exemplos mais claros dos efeitos de expetativas da sociedade com base no género é o local de trabalho. Tanto o homem como a mulher são fortemente influenciados nas suas escolhas de carreira por aquilo que lhes ensinam que a sociedade espera deles. 97,78% dos enfermeiros ou auxiliares de saúde, 95,65% dos secretários jurídicos, 89,09% dos dançarinos e coreógrafos e 88,45% dos rececionistas são mulheres. Por outro lado, 99,19% dos técnicos de veículos, 98,97% dos carpinteiros e marceneiros, 96,4% dos técnicos eletricistas ou dos técnicos de eletrónica e 95,38% dos engenheiros de telecomunicações são homens. 

Mas estas discrepâncias enormes em determinados trabalhos não são a única coisa a considerar. Mundialmente, há uma desigualdade salarial entre géneros de 20%, ou seja, as mulheres recebem, em média, menos 20% do que os homens. Estes dados são naturalmente exagerados consoante as verdadeiras funções exercidas por homens e mulheres. Se os cargos de alto nível e com melhor rendimento forem ocupados maioritariamente por homens, é normal que sejam eles a receber mais. Contudo, infelizmente, essa não é a única razão. 

  • Como mencionámos anteriormente, as mulheres têm tendência a trabalhar em setores que pagam menos do que as indústrias dominadas por homens.

  • As funções de liderança têm tendência a serem ocupadas por homens.

  • Os homens são promovidos com mais frequência.

  • Em todos os países, a nível mundial, as mulheres recebem menos do que os homens, se trabalharem na mesma função.

  • As mulheres enfrentam uma grande pressão quando engravidam ou escolhem ficar em casa com os seus filhos.

  • E assumem imensos trabalhos que não são remunerados, tais como cuidar de crianças e cuidar de familiares doentes.

As diferenças entre os homens e as mulheres vêm de séculos de crenças patriarcais que colocam os homens numa posição de poder em relação às mulheres. Na maior parte do mundo atualmente, a desigualdade entre homens e mulheres já diminuiu consideravelmente. Era comum os homens terem controlo total sobre a abertura de contas bancárias, a condução, a roupa, o acesso à saúde e à educação e ao direito de voto da mulher.

Mesmo que a maioria de nós não se recorde de um caso semelhante aos acima mencionados de discriminação de género na sua vida, há ainda grandes problemas relacionados com a igualdade de género na sociedade de hoje. Isto afeta toda a gente. Só 50% das mulheres constituem a mão de obra mundial, comparando com os 80% de homens. 

Desigualdades de género 

Para medir a desigualdade de género em cada país, o Global Gender Gap Index [Índice Global de Desigualdade de Género] anual, feito pelo Fórum Económico Mundial recorre a quatro categorias principais para determinar o nível de desigualdade de género de um país: a participação e as oportunidades económicas, a obtenção escolar, saúde e sobrevivência e capacitação política. Os países recebem uma pontuação de 0 a 100 em cada secção, sendo que 100% significa que a paridade de género foi atingida. 

Participação e oportunidades económicas 

Nesta secção, são avaliados cinco fatores: taxa de participação na força de trabalho, igualdade salarial em cargos semelhantes, rendimento estimado, legisladores, quadros superiores e gestores, e trabalhadores profissionais e técnicos. O relatório demonstrou que, em média, as economias com rendimentos mais altos obtiveram uma pontuação de 69%, as com rendimentos médio-altos de 68%, as com rendimentos médio-baixos de 63% e as com rendimentos baixos de 66%. 

A igualdade de género está ligada às oportunidades económicas e os países com economias com um desempenho mais elevado têm uma pontuação ligeiramente melhor. 

Obtenção escolar 

Esta secção define a taxa de literacia e a entrada no ensino básico, secundário e superior. Neste nível, 29 países puderam gabar-se de ter paridade de género em três níveis económicos diferentes. As taxas mundiais vão de 48% a 100% e à medida que o relatório chega a países com uma pontuação mais baixa, a desigualdade é ainda maior. 

Saúde e sobrevivência 

Este índice recorre ao rácio de sexo à nascença e a esperança média de vida saudável para produzir a secção com a menor variação e a menor desigualdade de género. Nenhum país chegou à paridade, mas 141 diminuíram a desigualdade de género em, pelo menos, 95%: o Qatar, o Paquistão, o Azerbaijão, a China e a Índia são os únicos países com uma desigualdade de género superior a 5%.

Capacitação política 

As mulheres em posições parlamentares e ministeriais e os anos com chefes de estado mulheres (nos últimos 50 anos) são avaliados para definir a desigualdade de género relativamente à capacitação política. Esta é a secção que tem a maior desigualdade com uma percentagem global de 22%. A variedade aqui é também enorme, sendo que o país com a pontuação mais baixa é o Vanuatu, com 0%, e o país com a pontuação mais alta é a Islândia com 87%. Apenas 11 países diminuíram a sua desigualdade de género para mais de 50%: Finlândia, Noruega, Nova Zelândia, Nicarágua, Costa Rica, Ruanda, Alemanha, Bangladesh, Suécia, Irlanda e África do Sul. Só 39% dos países estão acima da média mundial, ou seja, 60% estão abaixo da média. 

O caminho das Nações Unidades para a igualdade de género 

As Nações Unidas criaram objetivos para o desenvolvimento sustentável para serem atingidos até 2030, tendo a igualdade de género como o quinto. As prioridades da ONU, no que toca a chegar à igualdade de género, são compostas por nove passos: 

  1. Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e raparigas, em todo o lado. 

  2. Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e raparigas em todo o lado, incluindo o tráfico e exploração sexual. 

  3. Eliminar todas as práticas nocivas com base no género, como os casamentos prematuros ou forçados, bem como as mutilações genitais femininas. 

  4. Reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não remunerado através da disponibilização de serviços públicos e políticas de proteção social que promovem a responsabilidade parental partilhada.

  5. Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis na vida política, económica e pública. 

  6. Assegurar o acesso universal à educação de saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos.

  7. Realizar reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos económicos, bem como o acesso à propriedade e controlo sobre a terra, serviços financeiros, herança e recursos naturais. 

  8. Usar tecnologia para promover a capacitação das mulheres. 

  9. Adotar e fortalecer políticas e legislação para promover a igualdade de género de todas as mulheres e raparigas.

A desigualdade de género na tecnologia

A exclusão social com base no género tem efeitos graves na sociedade e na indústria tecnológica. 

“Os obstáculos ao acesso e à acessibilidade à (falta de) educação, às competências e à literacia tecnológica, e os preconceitos de género inerentes e as normas socioculturais são a origem da exclusão digital com base no género. Um maior acesso, mais seguro e mais acessível a ferramentas digitais é tão crucial como as intervenções de política que tratam dos preconceitos estruturais de longo prazo.”

O primeiro assunto relativo à igualdade de género é as suas implicações éticas e justas. Na verdade, um mundo com mais igualdade poderia trazer benefícios em várias áreas, em especial a economia global. Os estudos mostram que uma menor desigualdade de género melhora o PIB global, aumenta a produtividade e promove a inovação. Precisa de mais argumentos? As mulheres que são capacitadas já demonstraram ser capazes de: 

  • Aumentar os gastos do consumidor

  • Melhorar os processos de tomada de decisões

  • Encorajar as sociedades mais inclusivas 

  • Aumentar os esforços para a sustentabilidade

O Fundo Monetário Internacional revela que: 

“Sabemos que, se os países com maior desigualdade de género diminuíssem a disparidade na participação das mulheres na força de trabalho, seria possível aumentarem a produção económica até, em média, 35% [...]. Na Noruega, a expansão dos cuidados infantis universais aumentou a probabilidade do emprego das mães em 32 pontos percentuais.”

O Gender Employment Gap Index (GEGI) [Índice de Desigualdade Profissional de Género], do Banco Mundial, informa que, se a desigualdade de género diminuísse e se os homens e mulheres tivessem acesso igual a empregos pagos, o PIB per capita poderia aumentar até quase 20%. Especificamente na tecnologia, a desigualdade de género é bastante vasta em quatro áreas: utilização e acesso à Internet, competências e ferramentas digitais, participação em STEM e liderança e empreendedorismo no setor da tecnologia. 

A desigualdade de género e a utilização da Internet 

A utilização da Internet é muito importante para fornecer mais oportunidades às mulheres na tecnologia e noutras áreas. A Europa e o continente americano têm a maior taxa de utilização de Internet e já atingiram a paridade de género ou estão muito perto disso. Porém, quase metade da população mundial não tem acesso à Internet. A maioria deste grupo é composto por mulheres em nações subdesenvolvidas. 

O acesso universal à Internet é um dos ODS da ONU e é absolutamente essencial para diminuir esta desigualdade. O acesso a nível mundial poderia fornecer opções educativas, mais saúde e mais oportunidades às mulheres. 

A desigualdade de género e as competências digitais 

As competências digitais não são necessárias apenas para trabalhos tecnológicos. Toda as pessoas devem ter competências sociais para participar completamente na sociedade e aceder aos serviços financeiros, às oportunidades educativas, aos serviços de saúde, entre outros. Não obstante, a desigualdade de género poderia ser ainda menor, se as mulheres tivessem as mesmas competências digitais avançadas para cobrir as desigualdades no mercado tecnológico. Como relata a Digital SME Alliance

“As desigualdades de género são mais acentuadas em competências tecnológicas disruptivas, que são fortemente solicitadas em setores emergentes como a IA, a robótica e computação em nuvem. De acordo com o Fórum Económico Mundial, as mulheres ocupam apenas 26% dos trabalhos de IA mundialmente. A situação é ainda mais desastrosa no que toca à nuvem e aos dados, onde os números são de 15% e 12% respetivamente.”

A economia digital está a avançar rapidamente e os profissionais da tecnologia são necessários em praticamente todas as indústrias. Assegurar o acesso a competências digitais ajudará a atingir a paridade de género e a melhorar a economia global. 

A desigualdade de género e participação em áreas STEM 

Em termos mundiais, as mulheres já quase que chegaram à paridade em termos de estudos: licenciaturas (45%-55%), pós-graduação (53%) e doutoramento (43%). Contudo, estes números constituem apenas 35% dos estudantes de STEM. Isto é problemático por duas razões principais. Em primeiro, porque as áreas STEM estão a ganhar relevância rapidamente e se as mulheres não as estudarem, não terão acesso a trabalhos nessas indústrias. Segundo, as posições em áreas STEM são das mais bem pagas em todo o mundo e se as mulheres não lhes puderem chegar, devido à falta de formação ou competências, a desigualdade salarial entre géneros só poderá aumentar. 

É possível atribuir a falta de mulheres em áreas STEM a estes três motivos: a falta de autoconfiança, os estereótipos relacionados com profissionais da tecnologia e cultura do domínio masculino. Estas estatísticas de 2020 ajudam a destacar a gravidade desta desigualdade: 

  • As mulheres constituem apenas 16% dos destinatários das licenciaturas em serviços informáticos e de informação, 21% em engenharias, 27% em economia e 38% em física. 

  • As mulheres detêm menos de 20% dos cargos de liderança na tecnologia.

  • 19% dos vice-presidentes séniores e 15% dos CEO são mulheres.

  • 39% das mulheres na tecnologia percecionam os preconceitos de género como impedimento de obtenção de uma promoção

  • 34% dos trabalhadores da Apple são mulheres e só 24% dos seus cargos técnicos são ocupados por mulheres. 

  • Durante a pandemia de COVID-19, a probabilidade de as mulheres abandonarem os seus trabalhos, pedirem licenças ou de serem despedidas aumentou para quase duas vezes mais

A desigualdade de género e a liderança e empreendedorismo tecnológicos 

Como já abordámos os obstáculos que as mulheres enfrentam ao entrar em áreas tecnológicas, esta secção focar-se-á nos problemas já observados pelas que já estão na indústria, especialmente no que toca a promoções. É frequente as mulheres enfrentarem problemas nos quais os homens nem sequer pensam, como assumir responsabilidades de cuidadores, a falta de modelos e de outras mulheres com funções semelhantes e uma pressão acrescida para provarem as suas capacidades. 

Mesmo sendo as mulheres a constituírem 40% dos empreendedores precoces, os homens continuam a ter tendência a começar mais negócios do que as mulheres. Ao inquirir empresários, foi-nos possível concluir que há mais probabilidade de as mulheres criarem negócios para fazer a diferença ou devido à falta de emprego, enquanto os homens o fazem para criar riqueza ou continuar uma tradição familiar. Só 2,7% das mulheres estão envolvidas em start-ups tecnológicas, em comparação com 4,7% dos homens. 

A desigualdade de género por país 

As estatísticas mundiais podem ajudar-nos a ficar com uma ideia da desigualdade de género geral na tecnologia, mas é essencial olhar para os dados de cada país para obter uma imagem mais clara de cada mercado, as suas áreas de melhoria e as ações específicas a fazer para chegar à paridade de género. 

Reino Unido

Há cinco milhões de pessoas a trabalhar na indústria tecnológica no Reino Unido, mas só 17% dessas funções são ocupadas por mulheres. Porém, se olharmos para a mão de obra do Reino Unido, veremos que as mulheres constituem 49% dos trabalhadores totais. É precisamente a esta diferença entre o número de mulheres empregadas e mulheres empregadas na tecnologia que chamamos desigualdade de género

Este problema começa mesmo antes de as mulheres entrarem para a mão de obra: só 35% dos estudantes do ensino superior de STEM, no Reino Unido, são mulheres. Ao olhar para este problema, podemos identificar três motivos: 

  1. Há menos probabilidade de as raparigas optarem por estudar áreas STEM. Isto deve-se a algumas razões: numa indústria tão marcada pela presença masculina, as raparigas não conseguem identificar modelos ou um lugar para si mesmas. Os professores estão também mal preparados para mostrar às raparigas as possibilidades de cargos tecnológicos e, por isso, nem sequer são encorajados a promover a existência de raparigas em áreas STEM. 33% dos homens receberam sugestões de carreiras tecnológicas enquanto só 16% das mulheres podem dizer o mesmo. 

  2. As raparigas não poderão ter carreiras tecnológicas. As raparigas apresentam uma maior probabilidade do que os rapazes de considerar a sua carreira futura com base nos exames e quando não veem uma carreira no ensino como uma probabilidade, não entram em cursos de STEM. 

  3. Há falta de modelos femininos. A representação é absolutamente essencial. As raparigas que não encontram mulheres líderes na tecnologia, vendo em vez disso uma grande maioria de homens, não verão a possibilidade de fazer uma carreira tecnológica. 

Estes números estão diretamente relacionados com os salários. De acordo com o UK Tech Workplace Equality Report [Relatório de igualdade nos locais de trabalho tecnológicos no RU], o salário médio dos trabalhadores na área tecnológica é de 66 000 £ enquanto o das trabalhadoras é de 63 000 £

Para combater esta desigualdade e encorajar mais mulheres a juntarem-se à indústria tecnológica, houve algumas empresas britânicas que contrataram mentores de capacitação para ajudar as mulheres a ganharem confiança, quando se candidatam a trabalhos, para pedir o melhor salário, para falarem sobre assédio e outros assuntos e para começarem novos trabalhos. Contudo, isto não é uma decisão pessoal que as mulheres estão a tomar, mas sim um problema sistémico da sociedade e para corrigir isto, é necessário que toda a sociedade tenha uma abordagem proativa. 

Estados Unidos

O mercado tecnológico do EUA emprega apenas 26% de mulheres, apesar de terem uma divisão quase igualitária em toda a mão de obra (49%). Apesar de 45% dos mestres em STEM serem mulheres, só 22% e 20% obtiveram uma licenciatura em engenharia e em ciências informáticas, respetivamente. Dois anos a recolher dados puderam ajudar-nos a determinar qual a origem deste problema: 

  1. Há poucos modelos femininos. Visto que a indústria tecnológica é amplamente administrada e constituída por homens, as raparigas não se conseguem ver como futuras trabalhadoras na tecnologia. 

  2. Os estereótipos prevalecem na tecnologia. Há imensas raparigas que são afastadas da tecnologia, por causa de estereótipos e ideias, que promovem a tecnologia como uma carreira para homens e que lhes dizem que devem seguir percursos mais “femininos”. 44% das mulheres inquiridas entre os 18 e os 28 anos nunca receberam informações sobre formas como entrar na tecnologia. Só 33% dos homens concordaram. 

  3. A indústria de STEM é hostil para as mulheres. As mulheres em STEM relataram sentir-se isoladas, sendo alvo de microagressões e sentindo-se pouco confiantes no local de trabalho. Além de as suas opiniões não serem ouvidas no trabalho, estas são as razões pelas quais as mulheres não escolhem a tecnologia ou acabam por optar por sair da indústria. 

Há outro problema que ocorre quando as mulheres entram de facto na mão de obra. 38% das mulheres com licenciatura em ciências informáticas estão a trabalhar na indústria, em comparação com 53% dos homens. As engenharias têm dados semelhantes. As mulheres também sentem que o teto de vidro, uma barreira metafórica que impede as mulheres e as minorias de avançarem como os homens, as está a impedir de deter cargos de liderança. 48% das mulheres detêm as contratações de entrada, mas apenas 40% detêm funções de gestor de primeiro nível. Esta desigualdade cresce ainda mais à medida que a função de liderança ganha mais importância. 

Porém, os dados são promissores. A National Science Foundation relata que há mais mulheres do que antes a obter licenciaturas em áreas STEM. À medida que a Geração Z entra na universidade e na mão de obra, espera-se ver cada vez mais e mais mulheres a juntarem-se à indústria, graças ao seu estatuto membros da primeira geração nativa do digital.

Espanha

Em Espanha, só 20,6% dos trabalhadores tecnológicos são mulheres. E no setor tecnológico, o número de profissionais necessários duplica a cada ano, deixando um grande vazio para as mulheres entrarem na tecnologia. Contudo, em Espanha, as mulheres ganham 9,4% menos do que os homens. Pode não parecer assim tanto, mas significa que anualmente trabalham sem receber durante 34 dias. 

Como mencionámos, a falta de mulheres na tecnologia origina problemas que ocorrem muito antes de as mulheres entrarem na mão de obra. Só 35% dos estudantes do ensino superior em STEM são mulheres e só 3% estudam Tecnologia da Informação e Comunicação e outras matérias relacionadas com a mesma. As mulheres constituíam 55,3% de todos os estudantes de 2020-2021, mas só 29% delas estavam em cursos de engenharia e 13,4% em cursos de ciências informáticas. Curiosamente, porém, a ciência é um ramo dominado por mulheres em Espanha. 75% dos estudantes de biomédica, 68,7% dos estudantes de medicina, 65,8% dos estudantes de bioquímica e 61,7% dos estudantes de biotecnologia são mulheres. Em contrapartida, nas carreiras tecnológicas, especificamente, 87% dos homens estão em telecomunicações, 74% nos setores industriais e 73% em física.

A grande distinção prende-se às diferenças de socialização entre os rapazes e as raparigas. Há fortes estereótipos relacionados com o género a dominar a vida das crianças espanholas, sendo que é esperado que os rapazes façam invenções e cálculos, enquanto as raparigas assumam papéis mais ligados a funções de assistência. 

As mulheres constituem apenas 20% do ecossistema das start-ups espanholas e este número não se alterou desde os últimos oito anos. 51% das mulheres são multiempresárias; 62% são homens. 42% das mulheres relatam ter tido uma aventura anterior falhada de empreendedorismo e só 24% dizem ter vendido uma start-up com sucesso, em comparação a 33% dos homens. Contudo, Espanha é o país com mais mulheres em cargos executivos em start-ups de FinTech da Europa (25%). 

Espanha está a dar verdadeiros passos na diminuição da desigualdade de género. Em 2012 havia uma desigualdade salarial de 18,7%, que é quase 10% mais elevado que o valor atual. Além disso, o governo espanhol está a esforçar-se por garantir que haja um pagamento igual através do seu Real Decreto 902/2020, que explica aos trabalhadores o que é a desigualdade salarial e a discriminação salarial, fazendo com que haja transparência em todas as empresas. 

Alemanha

17% dos cargos tecnológicos na Alemanha são detidos por mulheres, apesar de haver uma percentagem quase igual de mulheres e homens na mão de obra. Apesar de constituírem mais de metade da população universitária (52%), as mulheres constituem apenas 35% dos estudantes de STEM. 

Os estereótipos negativos contribuem para que as alemãs sintam relutância em entrar na indústria tecnológica adicionalmente a níveis mais baixos de digitalização para mulheres que tem os seguintes efeitos: 

  • Acesso limitado à informação

  • Oportunidades complexas de trabalho

  • Eficiência reduzida da indústria 

  • Desigualdade acrescida entre diferentes grupos socioeconómicos 

  • Risco aumentado de cibercrimes 

Um inquérito da Microsoft demonstra que as raparigas interessam-se por áreas STEM aos 11 anos, mas que mudam de ideias aos 15 e a principal razão para isto acontecer é a falta de modelos. Além disso, a desigualdade salarial de género na Alemanha é a pior da Europa. Os trabalhadores tecnológicos ganham aproximadamente mais 15 000 € por ano do que as suas colegas mulheres que exercem a mesma função. No setor da engenharia, por exemplo, os especialistas acreditam que as mulheres se encontram socialmente condicionadas a escolher indústrias com salários mais baixos e estão mais dispostas a aceitar trabalhos a tempo parcial. As mulheres também deixam a indústria tecnológica mais cedo que os homens. Aos 45 anos, só 9% das mulheres continuam no setor tecnológico. 

No ecossistema das start-up, as alemãs sentem dificuldade na obtenção de financiamentos e de apoio para as ajudar a gerir o equilíbrio entre a sua vida profissional e a pessoal. Na verdade, 63% das start-ups são totalmente fundadas por homens e só 6% das fundadoras são business angels ativas. 

O que a Alemanha precisa agora é de uma abordagem focada na igualdade que tenha como objetivo a eliminação de barreiras estruturais e culturais para as mulheres. 

Portugal

Um dado importante sobre a mão de obra em Portugal é que a desigualdade salarial entre homens e mulheres na tecnologia e entre homens e mulheres em todas as outras indústrias é bastante semelhante, o que significa que escolher uma carreira no setor da tecnologia não é uma decisão tão financeiramente arriscada como noutros países. Apesar de a desigualdade salarial não ser tão acentuada como noutros países, os trabalhadores tecnológicos ganham, em média, 16% mais do que as trabalhadoras na mesma função. Isto impede as mulheres de entrarem na indústria. Só 18% dos profissionais tecnológicos são mulheres. Muitas referem as oportunidades limitadas de crescimento e os salários baixos como razões para evitar ou deixar a indústria. 

Vários dos seus países vizinhos apresentam uma falta de representação feminina grave em cursos STEM no ensino superior, mas Portugal tem, na verdade, uma maioria feminina inscrita em cursos STEM de 57%. Contudo, esta percentagem começa a baixar à medida que os cursos se começam a tornar mais avançados, sendo que as estudantes revelam não se sentir incluídas ou integradas nos cursos. Da mesma forma, as estudantes revelaram trabalhar em departamentos com uma ou duas mulheres para cada dez homens e 10% trabalham num departamento sem mulheres. 

Os grupos como o Portuguese Women in Tech [Mulheres Portuguesas na Tecnologia] e o seu PWIT Salary Transparency Project [Projeto de Transparência Salarial] estão a trabalhar para diminuir estas desigualdades e educar a população em geral sobre estas questões. Estes problemas provêm de uma falta geral de diversidade no local de trabalho e dado que a tecnologia continua a impulsionar a economia portuguesa, as mulheres terão um papel importante.

Países Baixos

A indústria tecnológica nos Países Baixos é há muito tempo considerada como uma área dominada por homens, mas começa agora a abrir-se para as mulheres. Na indústria digital, as mulheres representam 38% da mão de obra total, no entanto este número cai para só 18% no setor de TI. E só 36% das mulheres detêm funções de liderança (25% delas são CEO). No que se refere a empresários, este número subiu de 2% para 8% desde 2005. 

O secretismo à volta da diversidade, da inclusão e dos salários também não ajuda o setor tecnológico neerlandês a atrair mulheres. 88% das empresas não falam sobre os seus salários e 99% não têm uma estratégia pública para diminuir a desigualdade salarial de género nos Países Baixos. O facto de as empresas não serem transparentes relativamente aos salários, às práticas de igualdade e à sua diversidade pode promover estereótipos, mitos e informações desadequadas e deter ainda mais as mulheres de entrar na indústria tecnológica. 

Os Países Baixos sofrem de visões e normas específicas da sociedade sobre o género, a educação e as opções de carreira que limitam seriamente as opções das mulheres. Curiosamente, as indústrias dominadas por mulheres como a saúde (70%) e a educação (48%) são caraterizadas maioritariamente por trabalhadoras que trabalham a tempo parcial, sendo que mais de metade das mulheres nesta situação fazem-no por causa de obrigações relacionadas com o cuidar dos filhos, com tarefas domésticas e cuidados informais; somente 27% dos homens se identificam com esta postura. Estas visões da sociedade também impactam as opções educativas feitas pelos jovens estudantes neerlandeses. Os Países Baixos têm um dos valores mais baixo de mulheres em áreas STEM da Europa e a falta de modelos femininos, para além dos estereótipos antigos e das crenças sexistas, faz com que a entrada no setor tecnológico seja pouco atrativa para as mulheres. 

Apesar de parecer que estes problemas são intransponíveis, a chave do sucesso para a indústria tecnológica neerlandesa reside nas mulheres. Se as mulheres tivessem a mesma taxa de participação na mão de obra que os homens, o PIB nacional poderia crescer até 100 mil milhões de euros. Para chegar aqui a PwC sugere a criação de opções de networking para as mulheres na indústria, a atribuição de novas competências às mulheres, a partilha de histórias de sucesso com modelos que sejam mulheres, a promoção de ambientes inclusivos e o foco na contratação e formação de mulheres para cargos tecnológicos. 

Brasil

Apesar de o Brasil afirmar ter 39% dos cargos na indústria tecnológica a serem ocupados por mulheres, é necessário fazer uma grande distinção: só 20% destas mulheres têm posições relacionadas com a tecnologia, sendo que a maioria tem cargos de apoio ou administrativos. Até 1964, as brasileiras não tinham acesso às suas finanças e até 1963 nem podiam ter identificação, o que limitava o seu acesso a contas bancárias. A independência financeira é algo ao qual as brasileiras ainda se estão a habituar.

Graças aos fortes estereótipos sociais, a indústria tecnológica brasileira tem falta de diversidade de género e racial; as mulheres negras estão fortemente subrepresentadas. Os estudos mostram que os escritórios com mais diversidade e mais inclusivos são, de um modo geral, mais produtivos e positivos, visto que os trabalhadores se sentem valorizados e capacitados. Assim como em vários países da América Latina, os estereótipos que existem no Brasil são fortes e difíceis de mudar. É expectável que as mulheres se tornem enfermeiras e os homens engenheiros. 

Em 2019, só 26% das pessoas com licenciaturas em áreas STEM eram mulheres. Eis algumas mudanças que as empresas poderiam realizar para promover a diversidade e a inclusão: 

  • Assegurar que as descrições das vagas usam linguagem inclusiva

  • Fazer entrevistas anónimas para excluir preconceitos conscientes ou inconscientes

  • Fornecer formação para ajudar os trabalhadores a identificar e a reportar incidentes 

  • Promover o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, de modo que as mulheres não sintam que estão a falhar nas responsabilidades domésticas, caso decidam trabalhar

A verdade é que estas técnicas não só irão ajudar as mulheres, como também irão melhorar a experiência em geral não só em relação ao local de trabalho como à satisfação com o trabalho. No que toca à liderança no feminino, há 20 vezes mais empresas fundadas por homens do que empresas fundadas por mulheres, sendo que as que são fundadas por mulheres demoram mais tempo a crescer e estão limitadas em termos de conquistas. Se houver um desequilíbrio do número de mulheres em posições de liderança, será mais difícil as raparigas se imaginarem na tecnologia e escolher estudar setores relacionados com as áreas de STEM. 

Mas as mulheres precisam de mais do que um empurrão para entrar na tecnologia. As raparigas brasileiras necessitam de formação e de capacitação adequadas para sentirem que pertencem ao setor da tecnologia e que as opções de sucesso e liderança também lhes são possíveis. 

França

Apesar do crescimento nunca antes visto no cenário tecnológico francês e da grande escassez de talentos, as mulheres constituem apenas 20% do total de trabalhadores na indústria. Estes dados apresentam uma melhoria desde 2020, em que o valor era apenas 17%, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Só 12% dos fundadores de start-ups francesas são mulheres e só 11% têm funções executivas. Os fundos que recebem para financiar as suas start-ups são também menos que os fornecidos a start-ups fundadas por homens, o que não encoraja as mulheres a se aventurarem no empreendedorismo tecnológico. 

Além disso, 46% das mulheres no setor da tecnologia relatam ter experienciado comportamentos sexistas, como por exemplo, piadas com base no género. A falta de mulheres na tecnologia geralmente origina menos inovação e uma cultura menos inclusiva. Outras mulheres têm receio da síndrome do impostor, de sentir que não pertencem a determinado contexto ou de enfrentar estereótipos injustos. Contudo, há organizações como a La French Tech que estão a trabalhar para combater isto com o seu 2022 Parity Pact [Pacto da Paridade de 2022], que tem como objetivo assegurar o seguinte nas suas empresas-membro: 

  • Atingir um mínimo de 20% de mulheres no conselho de administração da empresa até 2025 e 40% até 2028;

  • Formar todos os gestores para a diversidade e inclusão e para a luta contra a discriminação e o assédio. 

  • Garantir que as descrições de todas as vagas publicadas se destinem a homens e mulheres. 

A partir de 2023, as empresas que se candidatem ao French Tech Next 40/120 e grandes empresas com potencial entrada no índice de ações CAC 40 devem comprometer-se a trabalhar para melhorar a desigualdade de género e serem monitorizadas relativamente à a igualdade de género. 

México

No México, a desigualdade de género na tecnologia provém de um problema ainda mais sistémico: das competências digitais e do acesso à Internet da população em geral e, obviamente, das mulheres. Quando comparado com outros países, no que toca à desigualdade de género na tecnologia, o México tem uma pontuação bastante mais baixa que a média global. Isto acontece porque o acesso ao mundo digital varia significativamente de estado para estado, havendo zonas rurais com níveis de acesso extremamente baixos. 

Genericamente, os homens têm mais competências digitais do que as mulheres e isto vai desde o nível mais básico até ao mais avançado, desde enviar um e-mail a digitar codificação. Em mulheres acima dos 36 anos, a desigualdade aumenta ainda mais; contudo, as raparigas e as mulheres entre os 16 e os 25 anos são as que têm mais literacia digital, ou seja, esta é a oportunidade perfeita para acolher mais mulheres na tecnologia. Só 12% dos universitários licenciados em tecnologia são mulheres e só 10% das mulheres com uma licenciatura em setores relacionados com o STEM é que realmente trabalham na área. 

No México, 44% das mulheres fazem parte da mão de obra, em comparação com 77% dos homens. No que toca a cargos de gestão, só 9% das empresas digitais e tecnológicas têm mulheres a ocupar cargos de liderança e só 23% têm mulheres como cofundadoras. A perspetiva não é muito mais positiva em termos de salários: os homens que são programadores de software conseguem ganhar mais 26% do que as mulheres com as mesmas competências e experiência. É possível atribuir a falta de mulheres na mão de obra a alguns fatores: 

  • Independência financeira: há poucas mulheres com independência financeira no México e tirar um curso adicional ou começar uma nova carreira significaria fugir às suas responsabilidades de cuidar dos filhos e da família.

  • COVID: O México perdeu 1,1 milhões de trabalhadores devido ao COVID e as mulheres tiveram de lidar com imensos lay-offs, além de terem de assumir responsabilidades acrescidas de cuidados familiares. 

  • Trabalho doméstico não-remunerado: os estudos mostram que as mexicanas, independentemente do seu estatuto socioeconómico, dedicam mais de 30 horas semanais a trabalhos e cuidados domésticos não remunerados.

Apesar dos problemas que as mexicanas enfrentam na tecnologia, há muitas empresas que estão a avançar no sentido de se atingir a paridade de género. O Women in Digital Award [Prémio das Mulheres no Digital] foi atribuído, pela primeira vez em 8 de março de 2022, a Salma Jalife Villalón, presidente do Centro México Digital, o qual publica relatórios anuais sobre a indústria digital e tecnológica. A Confederación Patronal de la República Mexicana atribui bolsas de estudos às mulheres para promover o teletrabalho e o desenvolvimento de competências digitais. O NIÑASTEM PUEDEN trabalha para promover a tecnologia entre as raparigas e a Código X trabalha em todos os níveis académicos para encorajar as mulheres e as raparigas a participar na tecnologia. 

O futuro são as mulheres na tecnologia

Pode ser assustador dar aquele primeiro passo na tecnologia, especialmente como mulher. Mas não se preocupe. É uma excelente escolha que trará benefícios tanto para si como para as gerações futuras. Se não sabe por onde começar, veja algumas das ações que pode fazer para enveredar pela tecnologia: 

  • Crie uma rede forte: use o LinkedIn, os seus contactos da universidade ou as pessoas que já conhece no setor tecnológico para a ajudar a ganhar confiança, receber aconselhamento e apoio de outras mulheres que já trabalham no setor tecnológico. 

  • Seja persistente e resiliente: haverá sempre desafios ao longo do caminho e poderá sentir-se por vezes desmotivada, mas lembre-se de pedir ajuda, continuar a aprender e continuar a seguir os seus objetivos. 

  • Lembre-se que tem um lugar na tecnologia: as mulheres estão destinadas a fazer parte da tecnologia e de qualquer área. Mesmo que não veja assim tantas mulheres, elas estão lá e prontas a juntar-se a si.

  • Seja a sua própria promotora: tenha consciência do seu valor e peça promoções, aumentos e novas oportunidades e qualquer outra coisa que pretenda fazer no trabalho. O seu lugar é na tecnologia e é capaz de atingir o que quiser. 

Como pode ver, os problemas que as mulheres enfrentam na tecnologia variam de país para país, mas há questões gerais que são uma constante em todo o mundo. Falámos com alguns especialistas internacionais sobre os sete maiores desafios a nível mundial e aquilo em que a sociedade se pode focar para os combater. 

Eliminar preconceitos de género desde a infância

A desigualdade de género começa na infância e de formas bastante inócuas: dar bonecas às meninas para brincar e carrinhos e Legos aos rapazes promove comportamentos diferentes e, nesse caso, condiciona a forma como ambos escolhem os seus percursos profissionais futuros. Se as crianças percecionarem um maior número de mulheres em cargos de enfermagem ou de cuidados e mais homens em cargos de decisões importantes vão achar que é este o percurso que têm de fazer. Também com mais frequência são dados aos homens os cargos mais arriscados em atividades de grupo, dando assim às mulheres tarefas mais seguras, como a organização, o design ou os detalhes. 

Há muitos países que já se começaram a debruçar sobre isto, mas assegurar que as crianças são criadas em ambientes mais neutros, em termos de género, sem que haja expetativas sociais baseadas no género, pode ajudar a expandir os horizontes das crianças e a prepará-las para quaisquer cargos que pretendam.

Desenvolver a autoconfiança das mulheres

Eis alguns dados rápidos: as mulheres têm mais tendência a candidatar-se a trabalhos só quando têm a certeza de que cumprem, pelo menos, 90% dos requisitos, enquanto os homens se candidatam mesmo que não os cumpram. Isto pode ter origem nas expetativas da sociedade. Os homens são encorajados a arriscar e a não terem medo de falhar, enquanto as mulheres são mais cautelosas. Além disso, as mulheres podem vir a enfrentar diferentes tipos de escrutínio no trabalho e ser questionadas sobre os seus planos familiares, estado civil ou outros assuntos relacionados apenas com as mulheres. 

O aumento do foco na imparcialidade no processo de entrevista e a linguagem inclusiva poderão ajudar as mulheres a sentirem-se mais confortáveis quando enfrentam novas situações. As empresas que oferecem licenças de maternidade e paternidade, apoiando ambos os pais de forma igual, podem ajudar a combater os estereótipos. 

Criar mais modelos femininos na tecnologia  

As mulheres têm falta de modelos e de exemplos de mulheres bem-sucedidas na tecnologia. Quando as mulheres veem que as maiores empresas tecnológicas são dominadas por homens, poderão ter dificuldade em se sentirem motivadas. Contudo, as associações e comunidades femininas podem ajudar as mulheres a relacionarem-se com outras trabalhadoras no setor das tecnologias e a aceder a recursos, ferramentas e programas de mentoria. 

As empresas também se podem esforçar por dar mais oportunidades às mulheres, oferecer bolsas de estudo e fornecer mentorias às mulheres. 

Criar um equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal

As mulheres são afetadas de forma desproporcional pelas responsabilidades domésticas e familiares e isto pode fazer com que tenham de trabalhar a tempo parcial ou até deixar o mercado de trabalho. Fornecer às mulheres opções de trabalho híbrido ou remoto, além de ajuda nos cuidados infantis e licenças parentais flexíveis, podem tornar os cargos tecnológicos possíveis para muitas mais mulheres. 

A desigualdade de género na tecnologia pode ser intimidante, mas o importante é que está a melhorar a nível mundial e cada vez mais os países estão a tomar medidas para assegurar que todas as mulheres tenham acesso à formação tecnológica e às mesmas oportunidades de carreira que os homens. 

O futuro são as mulheres na tecnologia; portanto, eis um facto: chegar à paridade de género na tecnologia e em todas as áreas irá melhorar a vida em geral para toda as pessoas em todos os setores.

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    Interessa-te ser a pessoa de contacto da tua equipa de software para as questões técnicas? Sonhas em te tornares um líder no teu departamento? Sentes-te entusiasmado sobre a utilização de novas tecnologias para guiar a inovação dentro do teu departamento? Se tudo isto te é familiar, então ser tech lead pode ser a função perfeita para ti. Neste artigo vamos desconstruir as responsabilidades e requisitos de um tech lead, para perceber se é o mais adequado para ti. O que é um Tech Lead? Ao olhar para o termo “tech lead”, é possível assumir duas coisas: trabalha tanto numa capacidade técnica como numa função de chefia . Portanto, o que é que um tech lead faz? Um líder técnico ou tech lead, supervisiona os aspetos técnicos de uma equipa de software , tomando decisões de conceção e de design, orientando os membros de equipa nos assuntos técnicos e supervisionando as alterações ao sistema. Algumas das principais responsabilidades de um tech lead incluem: Estabelecer as especificações do projeto e a direção técnica Criar uma estrutura de padrões e procedimentos técnicos Supervisionar a qualidade do software e as alterações ao sistema Apoiar os membros da equipa na resolução de problemas técnicos Analisar as operações existentes para identificar riscos e redundâncias Realizar avaliações gerais para desenvolver soluções Por outras palavras, como tech lead estás basicamente a definir a direção técnica do projeto e a eliminar qualquer obstáculo de programação que possa surgir, quer seja através do preenchimento de lacunas de conhecimento técnico, da procura de respostas para problemas com o produto ou da agilização de operações existentes. Como tech lead, vais desenvolver, orientar e implementar soluções e melhorias técnicas com a ajuda da tua equipa de desenvolvimento de software. É possível que, por vezes, tenhas de pôr mãos à obra e criar algum código, mas essa não será a tua principal responsabilidade. Portanto, se és uma pessoa que aprecia tanto os aspetos técnicos como os interpessoais do desenvolvimento de software, ser tech lead pode ser o trabalho certo para ti. Com quem trabalha o tech lead? Em conjunto com os chefes de equipa e com os proprietários do produto, os tech leads desempenham uma função de liderança num departamento de software ou de engenharia. Cada uma das chefias foca-se num aspeto diferente do processo de produção. O proprietário do produto irá focar-se no desenvolvimento geral do produto e o chefe de equipa irá focar-se no desenvolvimento das pessoas. Um tech lead irá focar-se no desenvolvimento técnico. Em conjunto, todas estas pessoas definem o rumo do projeto e orientam os membros da equipa, para assegurar que o resultado esperado do projeto é cumprido. Entre alguns membros fundamentais do desenvolvimento de software estão: Proprietário do Produto : lidera o desenvolvimento do produto para ir ao encontro dos requisitos do cliente Chefe de Equipa/Gestor de Engenharia: orienta a equipa ao longo do processo de desenvolvimento Gestor de Projeto: supervisiona o desenvolvimento, organização e entrega do produto Programador de software : desenha e desenvolve o software para ir ao encontro das necessidades do utilizador Engenheiro de Garantia de Qualidade: confirma se a solução desenvolvida está conforme as especificações Software Tester: executa testes para assegurar que as soluções estão de acordo com os requisitos de desempenho e de segurança UX/UI Designer: desenha as funcionalidades para melhorar a experiência e a interação dos utilizadores Uma equipa de software trabalha em conjunto para assegurar a entrega tranquila de um produto. Como tech lead, deves ser capaz de equilibrar as prioridades, comunicar objetivos claros e tomar decisões adequadas , tudo isto ao mesmo tempo que tens em consideração as competências da tua equipa e aquilo que deves entregar com o produto. Visto que cada membro da equipa tem algum envolvimento nas operações técnicas, deves certificar-te que cada membro é capaz de executar a sua parte no processo de desenvolvimento do software, para assegurar que o produto é entregue cumprindo com as expetativas do cliente. Quais as competências que o tech lead tem de ter? Um tech lead é líder, programador e arquiteto numa só pessoa, podendo então definir o seu conjunto de competências da seguinte forma: Enquanto líder , supervisiona os membros da equipa, delega tarefas, dá feedback, avalia os riscos e resolve conflitos. Enquanto programador , aplica as ferramentas de programação, utiliza padrões de design, faz testes automáticos e reestrutura o código. Enquanto arquiteto , faz avaliações técnicas, supervisiona cada ciclo do desenvolvimento, faz uma gestão direta das versões e faz com que as regulamentações locais sejam cumpridas. Como podes verificar, os tech leads não devem ter apenas conhecimentos técnicos para desenvolver produtos, mas também têm de ter competências sociais para chefiar equipas. As principais competências de um tech lead incluem: Comunicação e liderança Gestão de projetos e de situações de crise Estruturação de software e testagem de sistemas Aconselhamento técnico e competências para tomar decisões Garantia de qualidade Resolução de problemas e inovação Propriedade e visão Como me posso tornar num tech lead? Podes desenvolver estas competências ganhando experiência profissional e fazendo cursos técnicos e de liderança. Não é possível ser um tech lead assim que se entra no mercado de trabalho. Os tech leads geralmente têm mais de 5 anos de experiência no setor e uma licenciatura. Mas lembra-te, um tech lead não é somente um engenheiro de software. Não vais lá chegar se te focares apenas nos conhecimentos de programação; deves também desenvolver competências interpessoais . E como é que o podes fazer? Bem, Podes recorrer a algumas abordagens profissionais , tais como, apoiar os colegas de trabalho, dar conselhos técnicos, sugerir novas iniciativas, criar soluções inovadoras e pedir feedback do teu desempenho, para mostrares que tens vários recursos, enquanto desenvolves novas competências. Podes recorrer a algumas ferramentas administrativas , tais como elaborar um gráfico de pontos fortes e pontos fracos, um plano de desenvolvimento e de objetivos profissionais, para conseguires orientar a tua aprendizagem e desenvolvimento, enquanto te focas nas competências profissionais que precisas de melhorar. Se tiveres um plano de ataque adequado, estás no caminho certo para seres um tech lead. Como sabes, o título do cargo contém o termo “lead”, o que significa que é considerado um cargo com uma posição superior. Não deixa de ser um bom objetivo a atingir para um cargo. Deado que os tech leads são considerados tanto especialistas técnicos como supervisores competentes, será necessário teres primeiro uma experiência significativa. O nosso Bootcamp de Web Development é um excelente primeiro passo que podes dar para desenvolveres as tuas competências técnicas e pessoais necessárias para criar uma base forte em desenvolvimento web, que poderás posteriormente construir com a experiência profissional. O desenvolvimento web apresenta um número infinito de possibilidades, sendo que ser tech lead é uma delas. Mal podemos esperar para ver o teu passo seguinte!

  • Afinal, o que é UX Design? A evolução do Web Design

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    UX/UI Design

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    “Design” é um termo bastante vago. Quando alguém diz que é designer, pode significar imensas coisas, desde design industrial de carros até trabalhar com moda ou publicidade. Porém, na última década, a indústria tech assistiu a ascensão de um novo tipo de designer: o UX Designer .  No princípio, este novo ”título” de trabalho pode ser pouco um difícil de entender, e é por isso que neste post te queremos ajudar a compreender melhor este conceito. O que é UX Design? Para começar, UX significa “ User Experience”, ou seja, experiência do utilizador. Assim, o UX Designer é aquele que precisa de pensar e conceber todos os aspectos da interação entre o utilizador e a experiência completa com produto, do início ao fim.  Noutras palavras: a forma como um produto é percebido por uma pessoa é a responsabilidade do UX Designer , além de ser ele quem precisa de garantir que o produto flua de maneira lógica de uma etapa para a outra. Para ficar ainda mais claro, aqui vai um exemplo: um novo utilizador do Uber passa por um processo para se integrar à plataforma, certo? O quão fácil e intuitivo esse processo é,  faz parte do bom trabalho de um UX Designer. Existe, ainda, uma subcategoria dentro do UX Design, chamada de UI ( User Interface ), que significa interface do utilizador. Mas o que é que isso quer dizer? Que o UI Designer é o responsável por como o produto é organizado, disposto. O UI Designer é também o profissional que vai desenhar (design!) cada tela ou página em que o utilizador vai navegar. A sua tarefa é garantir que a interface do utilizador (UI) comunique visualmente com tudo o que foi pensado pelo UX Designer. Usando o mesmo exemplo do Uber: o UX Designer vai criar o processo de integração para novos utilizadores da Uber (Quais as telas necessárias? Quais os botões? Que informação vem em primeiro lugar ?) e o UI Designer vai criar visualmente as interfaces deste processo. Na maioria das pequenas e médias empresas, um UX Designer é responsável pelas tarefas relacionadas com UX e UI Design. No entanto, em empresas maiores como Google, Facebook, Uber, AirBnB e Tesla (a lista continua), onde centenas de milhões de utilizadores estão envolvidos, o papel de um designer torna-se muito mais específico. Porque é que isto é importante? A cada dólar que uma empresa investe em UX, o retorno pode chegar até 100 dólares. A pesquisa feita por Tom Gilb nos anos 80 é frequentemente citada pelos “profetas” do UX. O UX Design tem um papel muito importante tanto na atração, como na retenção dos utilizadores. Ou seja, se criares uma coisa espetacular, mais pessoas vão querer experimentar e continuar a usar. É esse o segredo da Apple para poder cobrar mais e vender milhões de iPhones, iPads e Macbooks no dia do lançamento, e também o que permitiu que empresas como a Uber, AirBnB e Tesla afetassem tanto as velhas indústrias de táxis, hotéis e automóveis. Todos estes exemplos alteraram completamente a experiência do utilizador em torno do produto/serviço, e foi essa inovação que os levou a conquistar a liderança nestes setores. Algumas das marcas mais valiosas do mundo aplicaram uma filosofia centrada no design para se diferenciar das demais. A pesquisa feita por Tom Gilb nos anos 80 é frequentemente citada pelos “profetas” do UX: a cada dólar que uma empresa investe em UX, o retorno pode chegar até 100 dólares. Outro estudo realizado pelo Design Management Institute (DMI) , uma das maiores comunidades de líderes de design e inovação, revelou que, nos últimos 10 anos, as empresas focadas em design mantiveram uma vantagem significativa no mercado de ações e superaram o S&P em 228%. Algumas das empresas que fazem parte do estudo são: Apple, IBM, Ford, Nike, Starbucks e Walt Disney. Se estes dados ainda não forem convincentes,  partilhamos mais um: de acordo com outro estudo feito pela Universidade Missouri de Ciência e Tecnologia, 94% dos fatores que influenciam a primeira impressão de um utilizador acerca de um produto estão relacionados com o design. Aliás, foi previsto que 2020 seria o ano em que o UX Design ultrapassaria o preço e produto como principais diferenciais na decisão do consumidor. O que é que concluímos? Cada vez mais, o UX Design desempenha um papel diferenciador muito importante para empresas emergentes. Para ser um player competitivo no mercado, qualquer negócio precisa de se concentrar em criar uma experiência duradoura em torno de seus produtos. Como é que te podes tornar UX Designer? Uma boa notícia: UX Design não requer um diploma universitário, embora haja  um grande “gap” entre o número de vagas oferecidas e candidatos qualificados. De acordo com a EMSI, as vagas relacionadas com TI (setor que inclui o UX Design) representam 28% do total de vagas únicas publicadas, todos os meses. Resultado? Os profissionais de TI são os segundos mais procurados no mercado. Na Ironhack, desenvolvemos bootcamps de UX Design em cursos full-time (9 semanas) ou em part-time (24 semanas). O nosso bootcamp é feito para quem não tem experiência, mas tem vontade de entrar com tudo no mercado de UX Design! No final do bootcamp, ligamos os nossos alunos à nossa rede de parceiros, que já conta com mais de 600 empresas, com o objetivo de serem contratados como UX Designers. Segundo a CNNMoney/PayScale, num ranking das 100 principais carreiras com grande crescimento, bom salário e alta satisfação de trabalho, UX Design ficou na 14ª posição,  com uma remuneração média de US$89.300 anuais, sendo a remuneração máxima de US$138.000 anuais com uma taxa de crescimento de 18%. Ficaste com vontade começar o teu caminho em UX Design? Sabe mais sobre os nossos bootcamps em UX/UI Design aqui.

  • O que é um Gestor de Produto? Definição da função e competências necessárias

    Ironhack - 2021-12-24

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    Global

    Um gestor de produto desempenha um papel crítico numa organização. O gestor é responsável por recomendar e fazer uma avaliação do produto de uma empresa. Como gestor, serás responsável pelo projeto e a estratégia desse produto. O chefe de produto combina vários conhecimentos especializados, tais como conhecimento de design, estratégia e necessidades do cliente para realizar um produto valioso. O gestor estudará as condições competitivas do mercado e criará um produto baseado na procura do cliente. Um gestor de produto orienta a sua equipa e motiva-os a atingir os seus objetivos e sucesso na venda de um produto. O gestor deve compreender e coordenar as diferentes capacidades da sua equipa. O objetivo de um gestor é otimizar as vendas e aumentar os lucros da empresa. Funções de um Gestor de Produto O chefe de produto é responsável pelo produto em todo o seu ciclo de vida. Dois papéis significativos de um chefe de produto são: Definição de estratégia O chefe do produto deve definir a estratégia do produto e desenvolver um roteiro para ajudar a implementar a visão da empresa. Um gestor faz uma extensa pesquisa sobre o mercado, o cliente, e o problema que planeia resolver. Analisa a informação disponível, incluindo estatísticas, feedback do cliente e pesquisa. Como resultado, desenvolve uma visão que por fim partilha com a sua empresa. O gestor deve então desenvolver uma estratégia de produto. Envolve a base de clientes que o produto irá servir e como irá beneficiá-los. Além disso, a estratégia do produto estabelece os objetivos da empresa para o desenvolvimento em todo o seu ciclo de vida. Durante o desenvolvimento de um produto, surgem algumas questões que distorcem o plano e o seu desenvolvimento. Uma estratégia de produto clara é essencial, uma vez que funciona como uma referência a si e à sua equipa, permitindo-lhe ajustar-se em conformidade. E tomar decisões estratégicas inteligentes no caso de mudanças inesperadas. Definição de lançamentos Um líder de produto lida com o lançamento do produto, o que significa essencialmente o lançamento de um produto. Juntamente com a sua equipa, o gestor transforma a estratégia do produto num plano de trabalho dentro de um cronograma. Requer fases de planeamento de trabalho, identificação de riscos e satisfazer expectativas claras. Um lançamento bem-sucedido requer uma coordenação meticulosa de tarefas, datas e pessoas. O feedback do cliente e a avaliação dos objetivos de progresso do produto ajudam a alcançar uma bem-sucedida liberdade. É crucial ter um roteiro de lançamento para ajudar a equipa a rastrear marcos e dependências. Como resultado, as partes interessadas estão cientes dos progressos e bem informados sobre o plano. Competências Essenciais Exigidas por um Gestor de Produto Seguem-se as competências essenciais exigidas por um líder de produto para se destacar no trabalho: Pensamento estratégico: Como gestor, é necessário ter um pensamento estratégico para desenvolver uma visão de produto. Então, ajudaria se criasse um roteiro sobre como o conseguirá. Empatia: Um gestor deve envolver os seus clientes e desenvolver uma solução para as suas necessidades. São necessárias competências para poder relacionar-se com as necessidades do seu cliente. Liderança: Como o termo dita, um gestor tem as qualidades de liderança para liderar um grupo de equipas. Um bom líder é diplomático e compassivo e pode lidar com a sua equipa sem ser ditador. Comunicação: Sem dúvida, para ser um gestor excecional, é preciso possuir excelentes capacidades de comunicação. Um gestor deve efetivamente passar informações críticas a diferentes partes interessadas, incluindo clientes, vendedores, desenvolvedores e executivos. Nenhuma informação deve ser perdida ao dar informações em todos os sentidos. Pesquisa: Um bom gestor deve ser capaz de entender os seus clientes e o seu mercado. Deve realizar pesquisas extensivas para não perder nada que o ajude a concretizar a visão do seu produto e a trazer satisfação ao cliente. Um grande gestor então consolida toda a informação e partilha-a com a sua equipa para referência. Técnica: Um gerente deve ter conhecimento técnico básico. Não é preciso estar ao nível de um especialista, mas é preciso ter conhecimento tecnológico básico. Estas competências são úteis, especialmente na elaboração de planos de lançamento. A Ironhack tem amplos programas que podem aumentar a sua experiência técnica. Financeiro: Um gestor deve analisar vários elementos financeiros, tais como custos operacionais, preços e receitas geradas. Parte da sua equipa inclui os contabilistas e os vendedores. Trabalhar em conjunto e partilhar informações em todos os níveis irá ajudá-lo a obter algum conhecimento financeiro. Analítico: A análise de dados é crucial para o desenvolvimento de produtos, especialmente no planeamento estratégico. A análise de dados analisa dados brutos para procurar tendências e métricas num conjunto de dados. Um gestor deve ter tremenda habilidade analítica para encontrar padrões e entender as métricas. Os designs e tendências são encontrados uma vez que a análise de dados ajuda a melhorar a eficiência e desempenho de um negócio. Gestão de projetos: Desenvolver um produto e lançá-lo exige muita coordenação. Um gestor coordena uma equipa que tem pessoal de diferentes departamentos. É preciso juntá-los coesamente para desenvolver e lançar um produto. Através do Ironhack, podes impulsionar a sua carreira aprendendo conhecimentos superiores de gestão de produtos. Apresentação: Um gestor é responsável por fazer demonstrações e apresentações em conferências. Perceba que precisa de apresentar-se aos seus clientes, à sua equipa de produção e à gestão. As apresentações devem ser concisas, envolventes e relevantes para seu público. Um gestor garante que uma apresentação tenha passado a informação que deveria oferecer. Conclusão Por vezes, as descrições de funções dos gestores podem parecer sobrepor-se. No entanto, cada papel acrescenta um valor distinto a uma organização. Ofereces direções estratégicas que ajudam a alcançar objetivos de produto. Além disso, supervisionarás a eficiência da equipa técnica. Como líder de produto, também atuará como ligação da organização a clientes externos, utilizadores finais e parceiros. Os chefes de produto podem juntar-se à comunidade tecnológica global da Ironhack para aperfeiçoar as suas competências técnicas. Ou se está a pensar numa mudança de carreira, a Ironhack pode ajudá-lo a desenvolver as habilidades necessárias num bootcamp intensivo, ou a estudar remotamente durante todo o ano. Encontre o curso que lhe convém hoje.

  • O que faz um analista de dados?

    Ironhack - 2020-12-19

    Data Analytics

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    As responsabilidades de um analista de dados variam drasticamente de negócio para negócio. Ao contrário de carreiras em medicina ou contabilidade, não há nenhum tipo de licença que um analista de dados possa obter para provar as suas qualificações. Pode ser bastante difícil compreender o que é que um analista de dados faz no seu dia-a-dia. Vamos ajudar-te a compreender o tipo de questões que um analista de dados responde, que ferramentas usa, e mostrar-te como te podes lançar numa carreira como analista de dados. A procura por analistas de dados está a crescer rapidamente à medida que as empresas tentam aproveitar os seus conjuntos de dados para ganhar uma vantagem competitiva. Por isso, não há melhor altura para aprender mais sobre análise de dados ! Responsabilidades diárias De modo geral, um analista de dados converte dados confusos em insights acionáveis para um negócio ou organização. Cabe ao analista de dados pegar nos dados por tratar e transformá-los numa história que pode ser contada aos líderes de negócio. Enquanto que as tarefas de um analista de dados mudam de empresa para empresa, há responsabilidades que são comuns à maior parte dos analistas de dados. Se tens interesse nos detalhes de um projeto típico de um analista de dados, podes explorar exemplos de currículos de profissionais. - Recuperar e limpar dados Um analista de dados passa cerca de 80% do seu dia a recuperar, limpar e preparar dados. As empresas recolhem todo o tipo de dados sobre marketing, os seus clientes, o seu produto, e muito mais. Tipicamente, estes dados são guardados numa base de dados. Pensa numa base de dados como uma folha do Excel enorme, com milhões e milhões de linhas. Para aceder aos dados de uma base de dados, tens de usar uma linguagem de programação chamada SQL. Quando vais pescar no oceano, precisas de um barco para chegar aos peixes. Pensa no SQL como o barco de que precisas para aceder aos dados numa base de dados. Até pequenas empresas têm bases de dados com milhões de linhas. É o trabalho do analista de dados perceber exactamente de que tipo de dados precisa para responder à questão em que está a trabalhar. Depois, é preciso escrever o código do SQL para obter esses dados e transformá-los numa estrutura que possa responder à sua questão. - Construir e automatizar relatórios Produzir relatórios é uma das funções principais de um analista de dados, e também a mais importante. Os analistas de dados trabalham em grande proximidade com outros departamentos, como produto e marketing, para compreender de que relatórios precisam. Para produzir um relatório que indique se uma nova iniciativa de marketing está a funcionar, um analista de dados precisa de saber que métricas indicam se a iniciativa está a «funcionar», como calcular essas métricas, onde estão guardados os dados necessários para fazer esse cálculo, e finalmente como apresentar os dados de uma forma que seja útil e acionável para a equipa de marketing. Depois de criar um relatório numa ferramenta de inteligência de negócios, como o Tableau, o analista de dados é encarregado com a manutenção e atualização do relatório à medida que seja necessário. Uma coisas é certa para analistas de dados: os relatórios desformatam por causa de alterações feitas aos dados usados para gerar o relatório. Vais ter de diagnosticar e resolver esses problemas para garantir que o relatório apresenta resultados precisos. - Reponder a questões de negócio de alto nível Muito semelhante à produção de relatórios, responder a questões de negócio de alto nível com dados requer a colaboração de outras unidades de negócios. Os analistas de dados nunca trabalham isolados. Eles têm de compreender em profundidade os problemas de negócios que estão a tentar resolver e isso é só é possível se falarem com os colegas. Dados que existem num vácuo são inúteis. Faz parte do trabalho de um analista de dados contar uma história com esses dados. «Quando estamos a contratar um analista de dados, nós tentamos perceber se eles vão estar confortáveis em tomar decisões ambíguas. Queremos analistas que conseguem pegar em dados e fazer sugestões acionáveis enquanto também conseguem articular os riscos associados com as suas sugestões», diz Neal Taparia, o CEO da Soliatired . Vamos imaginar que a tua empresa lançou um novo recurso para um produto há um mês. Agora o teu chefe quer saber se o lançamento desse recurso teve um impacto positivo no negócio. É aqui que a criatividade se torna uma ferramenta indispensável para um analista de dados. Tens de criar uma lista de possíveis factores que podem afetar o sucesso do lançamento, quantificar esses factores e chegar a uma resposta convincente. No fundo, os analistas de dados têm de fazer sugestões concretas Por exemplo, este recurso novo teve um impacto na taxa de conversão de clientes? Melhorou a retenção de clientes? Teve impacto no volume de pedidos para apoio ao cliente? Como analista de dados, vais ter de pensar nestas questões e depois combinar as respostas a estas perguntas para decidir se o impacto do recurso lançado foi positivo ou negativo para o negócio. Ao fim do dia, os analistas de dados têm de fazer recomendações concretas com base na sua intuição e nos dados. Ao contrário de um cientista de dados , não é costume um analista de dados construir modelos preditivos que são usados em tempo real num produto ou website. Por exemplo, um analista de dados não vai criar a funcionalidade que gera uma secção de «produtos recomendados» numa loja online, enquanto que um cientista de dados pode fazê-lo. - Recolher novos dados Depois de trabalhares com os teus parceiros de negócios para compreender o relatórios de que precisam ou as perguntas de negócio a que querem responder, o teu foco como analista de dados passa a ser a angariação dos dados necessários para resolver o problema. Mas e se os dados de que precisas para responder a uma questão não estiverem disponíveis? Por exemplo, e se precisares de saber durante quanto tempo um utilizador esteve ligado à sua conta mas enquanto negócio não estás a registar quando é que alguém sai da sua conta? Se só sabes quando um utilizador entra na sua conta, mas não sabes quando é que sai, não vais conseguir sabe quanto tempo eles estiveram ligados! Compreender e comunicar lacunas na recolha de dados de um negócio é outra responsabilidade importante de um analista de dados. Quando é identificada uma lacuna, o analista de dados vai trabalhar com a equipa de engenharia para implementar um a solução que corrija essa lacuna. Competências de um analista de dados Para recolher dados, analisar esses dados, e apresentar resultados, um analista de dados precisa de algumas ferramentas. Aqui estão as principais competências que os empregadores procuram em futuros analistas de dados: Como mencionámos antes, SQL é a linguagem de programação usada para extrair dados de bases de dados. Como quase todas as empresas guardam os seus dados em bases de dados, faz sentido que 90% das ofertas de emprego para analistas de dados requeiram competências em SQL ! Depois, precisas de uma ferramenta para analisar os dados depois de os recuperares da base de dados com SQL. É aqui que entram o Excel, Python , R, e SAS. Estas são todas ferramentas (Python, R e SAS são linguagens de programação) que podem ser utilizadas para analisar dados. Com estas ferramentas podes avaliar tendências, executar testes estatísticos, e visualizar os resultados das tuas analises. Quando recolhes e analisas dados, podes querer apresentar os teus resultados num relatório que atualiza automaticamente e que pode ser acedido por stakeholders. Para criar esses relatórios de fácil acesso, precisas de utilizar uma ferramenta de inteligência empresarial (Business Intelligence) como o Tableau ou o Looker. Estas ferramenta facilitam a criação de visualização de dados que atualizam automaticamente ao longo do tempo. Exemplo de um projecto de analista de dados Agora que tens uma boa ideia das responsabilidades diárias de um analista de dados e sabes que ferramentas usam, vamos analisar as etapas de um exemplo de projecto em que poderás trabalhar como analista de dados. Pergunta de negócio: Os anúncios no TikTok estão a funcionar? A equipa de marketing da tua empresa de assinaturas mensais de chocolate começou a experimentar publicar anúncios pagos no TikTok e querem perceber como é que esses anúncios se estão a sair até agora. 1ª etapa: Que métricas importam? Quando um utilizador vê um anúncio para o teu produto, eles passam por algumas etapas antes de se tornarem um cliente que compra o teu produto. Provavelmente vais querer criar métricas em torno de cada etapa deste processo. Um utilizador vê um anúncio no TikTok. Ele clica nesse anúncio? Métrica: Taxa de cliques no anúncio (que percentagem de pessoas que vêem o teu anúncio clima nele?) Quando um utilizador clica no anúncio e é encaminhado para o teu website, o que faz no website? Sai imediatamente? Explora diferentes páginas? Tornam-se clientes? Métricas: Taxa de rejeição, páginas por sessão, taxa de conversão Quando se tornam um cliente, quanto é que gastam? Durante quanto tempo é que se mantém assinantes do produto? Métricas: Receita média por cliente, taxa de atrito De modo geral, os anúncios estão a gerar mais receita do que o seu custo? Quanto mais? Métrica: Retorno sobre o investimento feito nos anúncios Antes de poderes começar a recolher dados, precisas de perceber de que métricas precisas de calcular para responder à questão colocada. Agora que sabemos a que questões precisamos de responder, temos de pensar numa lista de métricas que queremos calcular. 2ª etapa: Recolher os dados Agora temos uma lista concreta de métricas que queremos calcular ao longo do tempo para perceber se estes anúncios do TikTok estão a ter um bom desempenho, por isso precisamos de recolher dados para calcular essas métricas. Rapidamente percebes que os dados para calcular estas métricas vêem maioritariamente de três fontes: TikTok Tipo de dados: Dinheiro gasto nos anúncios, taxe de cliques nos anúncios Google Analytics Tipo de dados: O Google Analytics recolhe dados sobre como as pessoas interagem com o teu website. Isto dá-nos dados sobre taxas de rejeição e páginas por sessão das pessoas que clicam nos anúncios. Base de dados Tipo de dados: Para recolher métricas sobre se os clientes pagam, o que pagam e quanto tempo se mantém clientes, precisamos de recolher os dados da base de dados usando SQL. Quando sabes onde ir buscar os dados, é altura de os recolher! Vamos exportar os dados do TikTok e do Google Analytics para uma folha do Excel e calcular as nossas métricas. Para recolher os dados da base de dados, precisas de fazer as consultas necessárias através de SQL e depois colocar esses dados no Excel. 3ª etapa: Partilhar os resultados Finalmente tens todos os dados de que precisas para avaliar a performance dos anúncios do TikTok. Tens de calcular todas as métricas relevantes e analisar os resultados para fazer uma sugestão. Percebes que enquanto que a taxa de cliques é baixa, as pessoas que clicam nos anúncios convertem-se em clientes a uma taxa maior e com maior receita por cliente do que outras pessoas que entram no site. Apesar de agora o retorno sobre o investimento (Return on Investment) feito nos anúncios ser bastante baixo, sugeres que isto pode melhorar drasticamente se forem testados mais anúncios para melhorar a taxa de cliques. De modo geral, achas que os anúncios no TikTok são promissores e compensa continuar a testar. Envias a tua analise e recomendação num email para o gerente de marketing. Como encontrar um emprego como analista de dados Uma carreira em análise de dados é desafiante e recompensadora, paga bem, e tem óptimas perspectivas de carreira. Para entrares nesta área, vais precisar de ter fortes bases em estatística, negócios, e nas ferramentas da área. Um bootcamp de análise de dados é uma forma fantástica de adquirir estas competências. Quando estiveres pronto para te candidatar a emprego, vais precisar de um currículo robusto . Aqui está um exemplo para começares: Aqui estão as formas mais rápidas de fazer o teu currículo sobressair e aumentar as tuas hipóteses de ter uma entrevista: Quantifica o teu impacto. Em vez de dizer «Analisei os dados e fiz sugestões eficientes», podes dizer «Fiz recomendações com base nos dados disponíveis que aumentaram a taxa de conversão de clientes em 14%». Os números falam mais alto que palavras! Como um analista de dados júnior, faz dos projectos o foco do teu currículo. Fala sobre as questões a que respondeste, os dados que usaste, as ferramentas que usaste, e os resultados das tuas analises para esses projectos. Inclui uma secção para as tuas competências. Um empregador que perceber rapidamente se tu tens as competências que eles procuram. Isto é especialmente verdade para vagas para júnior. Interessas-te por dados e em como aprender sobre isso pode ajudar-te a mudar de carreira ou melhorar na tua área atual? Explora o currículo do nosso bootcamp de Data Analytics que vai ajudar a tornares-te um verdadeiro especialista em dados.

  • 6 minutes

    Apoiar as mulheres na tecnologia: eis o que pode fazer

    Ironhack - 2023-03-23

    Carreiras

    Não há dúvida que a indústria tecnológica tem a reputação de ser um clube de rapazes. Seja a subrepresentação das mulheres na indústria, diferenças salariais, menos oportunidades de progressão na carreira ou padrões diferentes ou duplos , não é segredo para ninguém que existem práticas sexistas na indústria tecnológica. Abordar a diferença de género na tecnologia não é apenas o correto a fazer, mas pode ter grandes impactos no sucesso do seu negócio. Apoiar as mulheres na sua empresa de tecnologia é fundamental para desenvolver um ambiente de trabalho mais produtivo, inovador e positivo. É mais importante do que nunca tomar uma posição e apoiar as mulheres na tecnologia. Temos várias dicas para empresas e para os colegas de trabalho aprenderem como melhor apoiar as mulheres na indústria . Estas recomendações são para pessoas de todos os géneros e esperamos que possam ajudar as empresas a criar espaços de trabalho mais inclusivos e bem-sucedidos. Acabar com a desigualdade de género na tecnologia Embora as mulheres representem 47% da mão-de-obra nos Estados Unidos , as maiores empresas de tecnologia – Amazon, Facebook, Apple, Meta e Microsoft – empregam menos de 36% de mulheres . E quando se trata de cargos de liderança nessas empresas, esse número cai para 30%. Por fim, das funções relacionadas com a tecnologia nestas empresas, apenas 24% dos cargos são ocupados por mulheres. Sabemos que isto não acontece devido à falta mulheres talentosas para ocupar esses cargos, mas sim porque existem barreiras que limitam o sucesso das mulheres na indústria tecnológica . Compreender estas barreiras e trabalhar para lidar com os preconceitos é essencial para apoiar as mulheres na tecnologia. Claro que é impossível eliminar a desigualdade de género na tecnologia da noite para o dia, mas há ações concretas que todos podemos fazer para apoiar as mulheres na tecnologia . Dicas para construir um local de trabalho mais inclusivo Reconheça e entenda o preconceito O primeiro passo para apoiar as mulheres na tecnologia é reconhecer que a desigualdade de género na indústria é um problema . O segundo passo é ver como os nossos preconceitos inconscientes levam a situações em que o trabalho das mulheres é desvalorizado ou as contribuições delas não são reconhecidas. Como estes preconceitos dominam a tecnologia, observamos que existe uma desigualdade de género profundamente enraizada na indústria. A abordagem dos preconceitos pode ser feita a nível individual ou ao nível de toda a empresa. Muitas empresas decidiram implementar workshops ou formações, submeter-se a auditorias de preconceito de género nas práticas da empresa e solicitar feedback dos trabalhadores. Formação sobre preconceito inconsciente: A formação sobre preconceito inconsciente é um tipo de formação destinado a ajudar os indivíduos a reconhecer e lidar com os seus preconceitos inconscientes que podem levar a um comportamento discriminatório no local de trabalho . A formação sobre preconceito inconsciente é frequentemente usada para promover a diversidade e a inclusão e para evitar a discriminação e o preconceito na contratação, promoção e outras decisões de emprego. Auditoria de preconceito de género: Uma auditoria de preconceito de género é um processo de avaliação das políticas, práticas e cultura de uma organização para identificar áreas onde o preconceito de género pode estar presente . O objetivo de uma auditoria de preconceito de género é identificar e abordar qualquer preconceito de género inconsciente ou intencional dentro da organização e garantir que mulheres e homens são tratados de forma justa e igualitária. Contrate mulheres para funções de liderança: Ter mulheres em cargos de liderança é extremamente benéfico para as empresas. É importante oferecer a outras mulheres modelos positivos , o que leva a políticas mais inclusivas em toda a empresa , geralmente melhora o trabalho em equipa e, por fim, permite a apresentação de novas ideias . Estes são todos os aspetos positivos que beneficiam significativamente a empresa. Um estudo do Peterson Institute for International Economics concluiu que as empresas com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança eram 15% mais lucrativas do que empresas sem mulheres em cargos de liderança . Assim, não é apenas moral e socialmente importante trabalhar em prol da diversidade de género e apoiar as mulheres na tecnologia, mas há evidências que sugerem que promover a diversidade de género dentro de uma empresa pode levar a um melhor desempenho financeiro. Use uma linguagem inclusiva Usar uma linguagem inclusiva nas comunicações da empresa é uma maneira simples de fazer com que todos os trabalhadores se sintam incluídos e apoiados no seu local de trabalho. A linguagem inclusiva evita marginalizar ou criar estereótipos de grupos específicos --algo que pode beneficiar homens e mulheres no seu local de trabalho. Os exemplos incluem: Use uma linguagem neutra em termos de género: Use linguagem neutra em termos de género, como "eles" em vez de "ele ou ela" e "humanidade" em vez de "homem". Use títulos neutros em termos de género : Use títulos neutros em termos de género, como por exemplo, "pessoa presidente" em vez de apenas "presidente" ou "presidenta". Da mesma forma, é muito importante garantir que os cargos anunciados usem linguagem inclusiva de género. O uso de uma linguagem inclusiva envia uma mensagem aos possíveis candidatos que a sua empresa valoriza a diversidade. A Appcast descobriu que os anúncios de emprego que usam uma linguagem inclusiva de género recebem mais 29% de candidaturas . O acesso a este grupo mais amplo de candidatos com diferentes formações e experiências acabará por beneficiar a empresa. Ao usar uma linguagem inclusiva, as empresas criam um ambiente de trabalho mais colaborativo e que evidencia mais respeito , reduzem a confusão para todos os trabalhadores e evitam o envio de mensagens não intencionais ou tendenciosas nas comunicações da empresa. Quando os trabalhadores se sentem valorizados e incluídos, isso melhora a moral e o empenhamento dos mesmos. Tudo isto permite um aumento da produtividade e a satisfação no trabalho, que beneficia não só os trabalhadores como também a empresa. Reconheça as conquistas das mulheres Sabemos que dar um feedback positivo e encorajar é benéfico para a motivação e para a autoconfiança de todos os trabalhadores . Para construir ambientes de trabalho mais positivos e negócios de sucesso, reconheça as conquistas, não importa quão grandes ou pequenas as mesmas sejam, é algo que todos os locais de trabalho precisam deliberadamente de assumir. Num setor dominado por homens, é ainda mais importante destacar o trabalho positivo feito pelas mulheres na tecnologia. Isto proporciona às mulheres o reconhecimento e a visibilidade que merecem pelo seu trabalho árduo e pelas suas contribuições para a indústria. Reconhecer as conquistas pode ajudar a aumentar a sua confiança, aumentar o seu sentido de pertença e incentivar as mulheres a continuar a perseguir os seus objetivos no setor . Encare a diversidade de género como uma força Sabemos que a diversidade de género é essencial para o sucesso de qualquer organização. Da mesma forma, diminuir a desigualdade de género na tecnologia pode promover uma cultura de trabalho mais eficiente, inovadora e positiva. As investigações sugerem que as empresas com maior diversidade de género tendem a ter uma rentabilidade acima da média . De acordo com um estudo da McKinsey & Company, as empresas no quartil superior para diversidade de género nas respetivas equipas executivas tinham 25% mais probabilidades de ter uma rentabilidade acima da média em comparação com empresas no quartil inferior. Desenvolva uma rede de apoio de mulheres na tecnologia Pode ser cansativo ser uma das poucas mulheres no seu local de trabalho. Encontrar uma rede de apoio no seu escritório irá ajudar a superar as adversidades no que, de outra forma, costuma ser um clube de rapazes isolado. Construir esta rede de apoio de mulheres ou de outras pessoas que entendem as suas frustrações é importante para a ajudar a se sentir melhor e a não se esgotar. Crie uma rede de apoio: Esta rede pode ser um grupo de mulheres com quem almoça um dia por semana ou pode ser uma amiga com quem faz intervalos para desabafar. A parte importante é que converse e se sinta apoiada por outras mulheres da sua empresa. Programa de Mentoria: Estabeleça um programa de orientação que combine mulheres em tecnologia com mentores experientes que possam fornecer orientação, suporte e aconselhamento em relação à carreira. Construa para além da sua empresa: Há mais oportunidades do que nunca para se envolver em organizações e redes relacionadas com “Mulheres na Tecnologia”. De conferências a programas de desenvolvimento profissional e eventos de networking, não faltam mulheres a participar nestas discussões. Participe de um encontro local de “mulheres na tecnologia” e relacione-se com outras mulheres do setor. Tomar medidas para acabar com a desigualdade de género Sem dúvida, a indústria de tecnologia é amplamente reconhecida como um setor dominado por homens. As mulheres que trabalham com tecnologia encontram várias formas de discriminação, tanto explícitas como implícitas. As mulheres veem-se subrepresentadas, recebendo salários mais baixos, tendo menos oportunidades de carreira e sendo submetidas a padrões diferentes ou mais rígidos enquanto trabalham em tecnologia. Obviamente, é difícil transformar a indústria da noite para o dia, mas há várias formas de agirmos imediatamente para apoiar as mulheres na tecnologia. Esperamos que as nossas recomendações ajudem as empresas a tomar medidas concretas para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e prósperos.

  • Descobre tudo o que um Web Developer pode fazer

    Ironhack - 2020-09-21

    Web Development

    Todos os cursos

    Nos últimos anos, a carreira de Web Developer (Programador Web) tornou-se uma escolha muito atraente, no entanto, há muito que se desconhece sobre esta profissão. Por isso, vamos explorar neste post os diferentes percursos de carreira, desde os mais conhecidos a alternativas mais interessantes. Afinal, o que é Programação Web? Vamos começar por falar sobre o termo que abrange tudo o que vais ler mais para frente: a programação web refere-se a qualquer projeto que utiliza as bases de programação em projetos orientados a navegadores com HTML, CSS e JavaScript. Muitas das ferramentas e projectos que vamos mencionar a seguir vão exigir que tenhas um conhecimento sólido sobre alguns tópicos principais, mas vamos começar devagar para que possas mover-te mais facilmente entre as tecnologias e campos. O que é Programação Web Front-end e o que abrange? Este pode ser o primeiro passo na tua carreira como Programador Web. O front-end é toda a camada visível e pública de um site, e consiste em documentos HTML que exibem o conteúdo, CSS para definir o estilo e layout e JavaScript para tudo aquilo que seja interativo, como redirecionamentos, respostas a ações do utilizador como cliques, determinadas teclas, etc. Uma vez dentro do universo de front-end, existem várias possibilidades de escolha quando atingimos um determinado nível, quando chegamos a esta etapa, podemos estruturar o nosso código com frameworks e bibliotecas de front-end. Para isso, existem várias opções! Os mais populares são: Reactjs , Vuejs , Angular ou o Svelte . Estas ferramentas são a maneira mais fácil e rápida de programar um site e sua interface do utilizador, pois permitem o aproveitar o código que outras pessoas/empresas já escreveram e testaram. Ok, e o que é Programação Web back-end? Back-end costuma ser o pesadelo de alguns e o paraíso de outros, já que é, de certa forma, a parte mais complexa de um produto digital. No passado, o back-end já foi bem mais difícil pela complexidade do código, mas hoje em dia não é muito diferente do front-end.  Podemos dizer que ambos têm quase a mesma dificuldade, já que o papel do front-end tem de comportar tecnologias cada vez mais modernas para realizar determinadas ações no seu navegador. Este ramo de programação é famoso por ser responsável pelos aspetos delicados de uma aplicação, site ou sistema, como por exemplo: processamento de pagamentos, sessões de utilizador, segurança, informações confidenciais, entre muitas outras coisas. Ao mesmo tempo, é bastante interessante, porque o back-end constitui a lógica de negócios de cada produto. O ecossistema de um Programador Back-end é mais amplo, já que permite realizar uma aplicação em várias linguagens, sendo que as principais são: Ruby , Python , Javascript (com o Node Js ), Go e PHP . Além das linguagens, também terás a opção de escolher entre frameworks de back-end como por exemplo: Ruby on Rails, Django ou Flask para Python, Express/Koa/Nest para Node Js, etc. Também terás que escolher e dominar alguns bancos de dados sendo que os mais populares são: MongoDB, MariaDB, PostgreSQL e MySQL. Uma coisa interessante é que não programas apenas coisas simples no back-end, é possível criar algo tão complexo como jogos com vários jogadores em tempo real com o NodeJS. Queres saber que projetos um programador pode fazer? 1. Cria o teu próprio jogo Uma parte fascinante da programação Web é que estás a poucos passos de desenvolver um jogo caso já tenhas tomado a decisão de aprender a programar. O navegador conta com ferramentas que permitem trabalhar com gráficos 2D e 3D, por isso, a única coisa que falta para criar um jogo é ter uma ideia e pensar na lógica. Também existem bibliotecas que te ajudam a acelerar o desenvolvimento do teu jogo com ferramentas de apoio e até com uma base bastante extensa para o teu jogo. Aliás, no módulo 1 do bootcamp de Programação Web construímos um jogo para consolidar os conhecimentos básicos de programação. Encontra alguns exemplos de projetos realizados por ex-alunos: Two clear I AM ZOMBIE 2. Programa uma app! Para programação de apps, existe uma grande variedade de linguagens de programação que podem ser usadas. Ainda assim, como programadores, há muito tempo que procuramos tornar possível a programação mobile não apenas aprendendo outra linguagem, mas também usando aquela que usamos desde sempre, JavaScript. 2.1 Progressive Web Apps (aplicações progressivas para a web): o que são e porque criar a tua? As Progressive Web Apps (PWAs) são páginas web como já conhecemos que se comportam como apps e têm também a sua aparência. Uma das principais vantagens das Progressive Web Apps é que podem ser instaladas num dispositivo móvel sem termos de passar por uma loja como a Play Store. Basta abrir o site e terás a opção de instalar a PWA. Outra vantagem das PWAs é que não precisas de escrever outra aplicação para ir de um site convencional para uma PWA, basta adicionar um documento chamado manifest e complementar a informação que o formato exige para poderes aproveitar os benefícios de ter uma aplicação com o mesmo código que escreveste para o teu site. Além disso, podes permitir que ela seja visitada sem ter uma ligação à internet, receber notificações como numa app convencional, entre muitas coisas. 2.2 Aplicações híbridas: o que são e o que ter em consideração ao programar uma. São aplicações que estão instaladas num dispositivo e utilizam elementos de aplicações nativas assim como de aplicações web e websites. Não são realmente apps nativas, mas a sua funcionalidade assemelha-se bastante a uma, um exemplo deste modelo é o Phonegap . 2.3 Aplicações nativas: no que consistem e como programá-las. Ter a capacidade de usar a mesma linguagem e framework ou biblioteca que usas no teu site num produto nativo para Android e IOS, e mesmo nas duas plataformas, é incrível. Esta possibilidade fez com que as empresas conseguissem criar este tipo de produtos rapidamente e eficientemente enquanto economizam recursos. É o caso de ferramentas como o React Native que agora adicionam suporte até mesmo para criar aplicações de desktop, tiram partido de componentes nativos e entregam uma aplicação para Android e IOS com o mesmo código-fonte. Mágico. Existem outras opções como o NativeScript . 3. Cria as tuas próprias obras de arte O mundo da programação abre portas para o mundo artístico que são pouco exploradas, mas bem recompensadas. O mundo de Javascript dá acesso a tanto arte generativa como gráficos em 3D. Podes começar a explorar arte generativa com ferramentas como o p5 . Tens também o Three.js que dá vida a projetos como o Decentraland , que nos mostra gráficos dignos de uma consola de jogos no nosso navegador! 4. Mergulha no mundo da realidade virtual e realidade aumentada Também existem projetos que permitem que, como Programador Web, tenhas a oportunidade de te aventurares no mundo da realidade aumentada e virtual, tecnologias que a indústria exige cada vez mais, já que muitos avanços se devem a elas! Existem uma série de ferramentas para ajudar a programar para este formato, sendo que um dos mais versáteis é o Viro , que utiliza o React Native para conseguir aplicações que exploram o potencial da realidade aumentada e virtual. Outra opção é o A-frame que permite criar experiências de realidade virtual no navegador, e o código para iniciar é de apenas 14 linhas. Até já foi criada uma tour virtual do CERN para navegador com esta tecnologia... O React 360 faz algo semelhante, mas usa o poder do React e dos seus componentes. 5. Desenvolve projetos com Machine Learning Queres criar um programa que compreenda quando ou não fazer algo em resposta a uma qualquer entrada? Por exemplo, treinar um computador para detectar em que posição está a tua cabeça e com base nisso mover uma personagem de um jogo? (Esta é uma das demonstrações que o Tensor Flowjs tem para jogar pacman .) Aqui não só precisas de saber programar, mas também tens de ter um bom conhecimento sobre inteligência artificial. É um longo caminho a percorrer, mas que vale muito a pena! Estamos a falar da mesma tecnologia que permite que os carros andem sozinhos, mas no teu navegador, à tua disposição. Conclusão: Nos dias de hoje, aprender a programar não é apenas uma linha reta onde só existe um caminho para crescer e evoluir, pelo contrário: o universo da programação web é um daqueles ambientes incríveis que permitem que te expandas para todos os lados. Existem muitos caminhos e diversas possibilidades, depende do teu gosto e dos teus objetivos! Este leque enorme de oportunidades fica ainda maior se vieres de outra área e conseguires encontrar uma forma de convergir os teus diferentes conhecimentos. Juntar o teu conhecimento ao mundo da programação web pode dar-te a oportunidade de criar coisas incríveis. Se tens vontade de aprender a programar e de te tornares um Programador Web, descobre mais sobre o nosso bootcamp de Programação Web .

  • 5 minutes

    ChatGPT para Web Developers

    Juliette Erath - 2023-02-21

    Web Development

    De certeza que a esta altura já ouviu falar do ChatGPT e há um motivo para isso: este chatbot desenvolvido através de inteligência artificial foi criado pela OpenAI e é baseado no modelo de linguagem  "Generative Pretrained Transformer", utilizando técnicas de aprendizagem profunda para disponibilizar aos utilizadores respostas idênticas às de humanos relativas ao texto introduzido. Lançado no final de novembro de 2022, o ChatGPT tomou a Internet de rompante, provocando muitas conversas sobre o futuro de ferramentas baseadas em IA semelhantes. O ChatGPT propõe-se revolucionar o mundo de diversas formas: Atendimento ao cliente: o ChatGPT pode disponibilizar aos clientes informações personalizadas e rigorosas relativas às suas encomendas, pedidos e muito mais. Investigação : o ChatGPT pode dar aos utilizadores as informações exatas de que necessitam com uma rapidez incrível. Criação de ideias : o ChatGPT pode dar aos criadores ideias para obras de arte, receitas, presentes de aniversário e muito mais. Pais : o ChatGPT pode escrever um plano de tarefas, planear férias e dar dicas de parentalidade. Programação : o ChatGPT pode ajudar os programadores com o conhecimento que tem de linguagens, tais como Python, JavaScript, Ruby e outras. Tal como acontece com qualquer ferramenta nova e especialmente uma que é tão revolucionária, existem alguns inconvenientes e é importante conhecer os mesmos. A exatidão factual do ChatGPT não é de 100% e, por vezes, a ferramenta não consegue lidar com todos os potenciais utilizadores ao mesmo tempo. Mas estamos intrigados quanto às suas utilizações e sobre como nos pode beneficiar e mais especificamente aos Web Developers . Eis alguns aspetos que diferenciam o ChatGPT de ferramentas similares: Recorda-se de entradas anteriores da mesma sessão, permitindo que a mesma se torne cada vez mais personalizada à medida que evolui. Consegue tentar remover respostas prejudiciais ou enganadoras, adicionando perceções atuais de eventos históricos. As respostas do mesmo são detalhadas e idênticas às de humanos. Vamos aprofundar o conhecimento sobre algumas das utilizações do mesmo em Web Development. ChatGPT para Web Development Uma das utilizações mais conhecidas do ChatGPT consiste na programação, dada a sua competência em linguagens de programação . Para além dos seus conhecimentos de linguagens de programação, pode ajudar a eliminar erros, a resumir informação e a resolver problemas. Esta ferramenta radical consegue programar e criar um website com um único pedido, sendo especialmente competente no back-end. É claro que existem algumas funcionalidades que ainda requerem conhecimento humano, mas isto é apenas o começo. Ao contrário de outras versões do GPT anteriormente lançadas, o ChatGPT consegue admitir erros, responder com uma conversa fluente, responder a perguntas complementares utilizando informações previamente introduzidas durante a sessão, questionar imprecisões e controlar as respostas que dá. Já deve ter visto alguns comentários apocalíticos na Internet, a prever a eliminação dos Web Developers, mas a verdade é que não há nada com que se preocupar. De facto, o desenvolvimento de ferramentas de IA altamente especializadas irá na realidade beneficiar os Web Developers. Eis o porquê: Pelo menos por agora, as capacidades de programação do ChatGPT estão limitadas à programação básica e não conseguem lidar com a programação complexa que, por exemplo, as aplicações bancárias ou os websites exigem. Isto significa que o ChatGPT será capaz de se ocupar da progamação básica que os software developers poderiam fazer de olhos fechados e estes, em vez disso, poderão concentrar o seu tempo e energia em tarefas mais complicadas. Devido ao facto de a programação do ChatGPT se basear em programação já vista anteriormente, não é possível garantir programação livre de bugs, segura, fácil de manter e bem documentada. Os Web Developers não se limitam a programar. Eles têm de criar a estrutura de um programa, aplicar alterações, ter em consideração os pedidos e gerar exatamente o que é necessário. Um futuro onde o ChatGPT pode fazer tudo isto está bastante distante. O ChatGPT pode levar à criação de novas funções , tais como, especialistas de IA. Mesmo à medida que se expande e melhora, o ChatGPT irá tornar-se uma competência e ferramenta que os Web Developers deverão dominar, permitindo-lhes focar-se mais em tarefas mais complexas. Instruções sobre o ChatGPT para Web Development Se procura aproveitar o poder do ChatGPT e utilizá-lo em seu proveito, está no sítio certo. Vamos classificar as nossas instruções em algumas categorias: pedidos, conselhos e perguntas. Pedidos ao ChatGPT Cria um website para um festival local utilizando JavaScript. Continua a escrever este programa (introduzir programa). Verifica este programa quanto a erros (introduzir programa). Encontra erros neste programa (introduzir programa). Dá-me 5 motivos para utilizar JavaScript. Aconselhamento do ChatGPT Diz-me qual a parte mais importante do Web Development. Qual a melhor linguagem de programação para este tipo de website? Dá-me ideias sobre design de websites. Perguntas ao ChatGPT Quais são as melhores práticas de web design? Como é que faço (inserir aspeto de design aqui)? Como posso corrigir os erros deste programa? Que fatores devo considerar ao programar com Python? O futuro do Web Development com o ChatGPT A tecnologia inovadora do ChatGPT levou a uma grande reação a nível mundial. Embora possa parecer poderoso e capaz de fazer praticamente tudo, temos de ter em mente o seguinte: Os resultados do ChatGPT devem servir como orientação e aconselhamento e não devem ser considerados como factos. Se pedir ao ChatGPT para programar para si, use o resultado como referência e não como algo para copiar e colar no seu trabalho. Mesmo que se veja praticamente qualquer pessoa a desfrutar do ChatGPT na Internet, o alcance incrivelmente poderoso da ferramenta significa que em contextos profissionais, a mesma deve ser utilizada apenas por especialistas que sabem o que estão a fazer. O ChatGPT é capaz de lidar com o básico, mas isso não significa que o conhecimento não seja por si considerado ou que não seja importante. Os novos programadores podem cair na tentação de utilizar o ChatGPT para o básico, mas o Web Development baseia-se no conhecimento anterior e abusar disto pode criar uma séria lacuna de conhecimento. Lembre-se de que mesmo à medida que a tecnologia se expande e desenvolve, nunca será capaz de pensar por si própria, compreender emoções humanas complexas, compreender as suas experiências e situações pessoais, ou compreender o seu contexto empresarial. O ChatGPT é uma ferramenta incrível para os Web Developers, que permitirá um maior avanço e tempo gasto em questões complexas, mas tal como qualquer nova tecnologia, deve ser utilizada de forma sensata e cautelosa até ser totalmente compreendida. Portanto, se estiver interessado em mergulhar no Web Development, não se assuste! O seu trabalho está para durar.

  • 5 minutes

    O que é e como começar no pentesting?

    Ironhack - 2023-09-04

    Cybersecurity

    Se gostar da ideia de ser pago para executar essencialmente tarefas do tipo James Bond- e entrar nos sistemas informáticos de grandes organizações tais como instituições financeiras, então é provável que esteja interessado numa carreira como testador de intrusão. Muitas organizações em todo o mundo empregam hackers (hackers éticos, neste caso) para testar seus sistemas informáticos, tentando invadi-los. À medida que os dados e a informação digital se tornam mais valiosos e cruciais para a economia mundial, a necessidade de segurança informática está também a aumentar rapidamente. Organizações como bancos, instituições financeiras, empresas de saúde e empresas de software precisam de proteger os seus sistemas informáticos contra hackers reais. Eles investem muito dinheiro e recursos em segurança digital, e tornou-se um caminho de carreira lucrativo e interessante a seguir. O que é um teste de intrusão ou um pentest? Um teste de intrusão - também conhecido como pen test - é um tipo de teste usado por empresas para identificar vulnerabilidades e fraquezas em sua segurança informática. Qualquer área onde um hacker real possa entrar em sua rede é uma ameaça. Um testador de intrusão imita ataques potenciais a uma rede informática e tenta roubar dados, informações financeiras ou dados pessoais. A realização de ciberataques reais é uma das formas mais fortes de testar verdadeiramente uma rede e verificar a sua estabilidade. A segurança cibernética é uma indústria em crescimento e há uma grande demanda por profissionais nessa área. Diferentes empresas têm necessidades diferentes quando se trata de testes de intrusão. Isso depende do tipo de informação que precisa ser protegida e do tipo de sistema que se usa. Qual é a diferença entre o teste de intrusão e avaliação de vulnerabilidade? Os testes de vulnerabilidade também se enquadram na área de segurança de TI, mas é um tipo diferente de exame. Os testes de vulnerabilidade são geralmente realizados separadamente ou às vezes antes dos testes de intrusão. São concebidos para definir e identificar os pontos fracos de um sistema e para os classificar. Essas áreas fracas podem ser priorizadas de acordo com o perigo que representam e abordadas individualmente por meio de actualizações, implementação de firewalls ou actualizações de software. Não é incomum para um testador de intrusão também realizar avaliações de vulnerabilidade, embora o propósito delas seja bastante diferente dos testes de intrusão. Tipos de testes de intrusão O teste de intrusão é dividido em três tipos principais de testes. Eles são chamados de caixa branca, caixa preta e caixa cinza. Esses três métodos examinam vários cenários potenciais em que um hacker criminoso poderia estar, dependendo do quanto ele sabe sobre a rede informática de uma empresa. Os testes de intrusão da caixa cinza fornecem ao testador algum conhecimento sobre o sistema que eles estão a tentar hackear Testes de intrusão de caixa preta fornecem ao testador conhecimento zero sobre o sistema O teste de intrusão de caixa branca fornece ao testador todos os detalhes sobre um sistema ou rede Os testes de intrusão são uma forma proactiva de garantir a segurança de uma rede informática. Os três tipos de testes de intrusão cobrem as diferentes posições em que um hacker poderia estar e fornecem uma visão geral sólida dos riscos potenciais que uma organização pode estar a enfrentar. Habilidades necessárias para ser um testador de intrusão ou pentester As habilidades necessárias para testadores de intrusão incluem sólida capacidade de script. Java e JavaScript são especialmente importantes, assim como as linguagens de computador Python, Bash e Golang. Um conhecimento sólido de sistemas de computador e protocolos de rede também é uma habilidade crucial. É necessária experiência com várias redes e sistemas operacionais, incluindo Windows, Mac OS e Linux, e às vezes é necessário realizar o teste de intrusão móvel para sistemas Android e iOS. Além disso, a curiosidade e a mentalidade técnica são habilidades importantes que um pen tester deve possuir. Eles precisam estar constantemente atualizados com os mais recentes desenvolvimentos em tecnologia e estar ciente das novas técnicas e oportunidades de hacking que podem ser usadas por criminosos. Criatividade e fortes habilidades de comunicação também são ativos valiosos para qualquer pessoa que trabalhe com segurança de TI. É importante manter suas habilidades e conhecimentos atualizados como testador de intrusão. O aprendizado contínuo deve sempre fazer parte de seu papel como um testador de intrusão. Atualmente, as ferramentas de segurança usadas pelos testadores de intrusão incluem Wireshark, Kali, Metasploit e Wed Inspect. Habilidades em tais ferramentas também são exigidas por profissionais nesta função. Como se tornar um testador de intrusão A melhor maneira de se tornar um testador de intrusão é por meio de aprendizado e experiência. A formação na área de cibersegurança o ajudará a começar e é essencial para quem é novo na área. Um bootcamp nesta área cobrirá tópicos como hardware de computador, software, protocolos de roteamento e redes, bem como administração de rede e princípios de segurança de TI. Saber como construir um programa de segurança também é um componente chave na segurança digital, assim como saber como criar um firewall. Depois de compreender essas facetas da TI, entenderás melhor como entrar nelas e realmente colocá-las à prova. Depois de concluir um curso de cibersegurança, o resto virá com a prática e o treinamento contínuo. Ganhar experiência na área de testes de intrusão é a melhor maneira de aprender. Não é apenas dinheiro que precisa de proteção digital hoje em dia. Informações pessoais e dados comerciais tornaram-se recursos incrivelmente valiosos que os hackers tentam adquirir. Por isso, o leque de empresas que precisam de um testador de intrusão é vasto e é uma indústria sólida para se construir uma carreira. Comece na cibersegurança Um bootcamp de cibersegurança é uma maneira intensiva, mas altamente eficiente, de cobrir tudo o que precisas saber antes de te candidatares a um emprego na área. Fazer um bootcamp de cibersegurança é uma ótima maneira de cobrir os fundamentos da cibersegurança e começar a te tornares um especialista em TI. Depois de te formares, trabalhares e ganhares experiência em segurança de TI os próximos passos para dominar o teste de intrusão!

  • Front-end vs. Back-end: Quais as diferenças?

    Ironhack - 2020-06-23

    Web Development

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    Se quiséssemos perceber as mais diversas razões pelas quais os web-developers de hoje em dia decidiram entrar neste universo específico, tudo o que teríamos de fazer é perguntar. Desde aqueles que adoram design gráfico e querem levar essa paixão um passo à frente, traduzindo as suas criações visuais numa página web, para aqueles que adoram investigar o submundo das bases de dados, API’s ou explorar como funcionam os servidores; noutras palavras, tudo o que os utilizadores comuns não vêem. Dependendo da área em que preferem trabalhar, estas pessoas vão especializar-se mais em front-end ou back-end. Embora a tecnologia esteja constantemente a evoluir e estes dois campos estejam cada vez mais conectados, há ainda uma diferença notória que os separa. Ainda que as competências necessárias para qualquer um destes lados sejam semelhantes, ainda são exigidas qualificações específicas tanto para desenvolvimento back-end como front-end. Vamos então analisar as principais características de cada um destes lados do mundo da programação. O lado mais atrativo de desenvolvimento front-end Tal como o nome sugere, o desenvolvimento front-end engloba a configuração e design de tudo o que os utilizadores web vêm num website ou aplicação. É o aspeto visual do trabalho que tendencialmente atrai os developers que têm um interesse especial por design gráfico. A função deste género de programadores é criar interfaces que os utilizadores vão achar tão atrativas como intuitivas, tornando a experiência do utilizador muito mais agradável. Neste cenário, os programadores usam principalmente 3 ferramentas: HTML, CSS e JavaScript. Recentemente, esta última linguagem de programação tem ganho mais terreno em relação a outras tecnologias como JQuery, que atualmente está praticamente obsoleta. Outras frameworks foram criadas a partir de JavaScript, como React e Angular , que vieram facilitar o trabalho do programador e permitem a criação de componentes que podem mais tarde ser replicados noutras áreas da plataforma em construção. Os developers de front-end precisam ainda de ser competentes noutras ferramentas que não são tradicionalmente usadas por programadores, como programas de edição de imagem (um exemplo pode ser o Photoshop), ou plataformas como Figma ou Sketch que permitem aos programadores criar protótipos, pré-visualizar como os utilizadores vão navegar na plataforma e testar conceitos diferentes antes de finalizarem o desenvolvimento. Como programador de front-end, o teu trabalho é usar todas estas tecnologias e linguagens para construir o visual e design da aplicação e website em questão, para que possa ser gerado um determinado sentimento entre os utilizadores que os faça querer voltar. Não é tarefa fácil. Porque é que deves optar por desenvolvimento back-end? Os programadores que decidem especializar-se em back-end são aqueles que preferem configurar bases de dados, que preferem perceber como podem otimizar a performance do servidor para que possa aceitar mais carga de trabalho, aqueles que tomam partido dos recursos que API’s externas podem prestar para atingir um desenvolvimento otimizado… Em última análise, estes programadores lidam com tudo o que o está invisível para os utilizadores que visitam um website ou aplicação e disponibilizam os seus dados para se registarem ou fazerem uma compra numa determinada plataforma. Developers de back-end usam diversas linguagens de programação no seu dia-a-dia. Desde PHP a Ruby, Python, Java ou JavaScript. O seu trabalho passa por não só garantir que os websites funcionam perfeitamente, como otimizar o seu tempo de resposta. Mais! Ao contrário do que acontecia alguns anos atrás, em que as páginas web e aplicações eram mais estáticas, hoje em dia o trabalho de um programador back-end é ainda mais considerado, uma vez que as páginas se tornaram mais dinâmicas e com maior necessidade de atualizações constantes. No topo de tudo isto, precisam de estar familiarizados tanto como bases de dados relacionais, como MySQL ou Oracle, como bases de dados não relacionais, como MongoDB. Queres o melhor dos dois mundos? Se sim, não serias a primeira pessoa. Se gostas de design front-end tanto como desenvolvimento back-end, podes conduzir o teu percurso de carreira no sentido de trabalhares em desenvolvimento full-stack. Embora ainda exista algum ceticismo à volta destes perfis, uma vez que é considerado melhor ser-se especializado numa destas duas áreas, a verdade é que as empresas estão a investir progressivamente em programadores full-stack que sejam capazes de operar simultaneamente no design da interface que os utilizadores vão ver no browser e na infraestrutura escondida da superfície. Se tens as competências pedidas, bem como a curiosidade necessária para adquirir o conhecimento profissional em desenvolvimento tanto back-end como front-end, podes bem escolher candidatares-te a um bootcamp de Web Development na Ironhack . Vais aprender sobre as tecnologias de ponta utilizadas no desenvolvimento tanto de front-end, como HTML5 Canvas, JavaScript ou React, como no de back-end, ao tornares-te familiar com Node.js, ao aprenderes como configurar servidores com Express, ou bases de dados com MongoDB. Todas estas competências são altamente procuradas por empresas tecnológicas, fazendo com que te diferencies quando quiseres entrar no mercado de trabalho e no mundo de programação em geral. Das duas, qual é a área que te entusiasma mais? Front-end ou back-end? Ou talvez queiras fazer e comer o bolo todo; será que o desenvolvimento full-stack é o teu caminho?

  • 5 minutos

    As melhores cidades europeias para começar num emprego em tecnologia

    Juliette Erath - 2023-05-19

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    O panorama da tecnologia está a prosperar em todo o mundo, com uma forte presença de start-ups, bem como algumas empresas de tecnologia bem estabelecidas na Europa; cidades como Amesterdão, Berlim, Londres, Barcelona e Paris reúnem uma indústria tecnológica incrível. Procuras algumas das melhores cidades da Europa para empregos em tecnologia? Vieste ao lugar certo. Os profissionais da tecnologia, experientes e principiantes, têm o luxo de poderem trabalhar a partir de qualquer lugar. A abundância de empregos na área da tecnologia significa uma grande procura de candidatos competentes e as empresas estão dispostas a ser flexíveis; existem muitos empregos e oportunidades disponíveis para os interessados, em todas as áreas da tecnologia, desde a cibersegurança à aprendizagem automática e à mineração de dados. As competências de linguagem aliadas a uma qualificação de bootcamp ou um certificado em codificação, análise de dados ou aprendizagem automática irão tornar-te um candidato muito atrativo para empregos em tecnologia. Após concluíres um bootcamp em cibersegurança, análise de dados, UX/UI design ou web development, estarás bem equipado para te candidatares a uma vasta gama de empregos em empresas de tecnologia europeias ; uma qualificação em tecnologia pode literalmente levar-te a qualquer lugar . Muitos países dispõem de setores tecnológicos agitados, com muita margem de crescimento, mas vamos focar-nos em cinco em particular, que estão verdadeiramente a destacar-se. O setor tecnológico em Amesterdão Amesterdão é um centro próspero do panorama da tecnologia, bem como uma cidade com uma qualidade de vida incrivelmente elevada. Os neerlandeses valorizam realmente a inovação e isso reflete-se na ampla gama de start-ups sediadas ali; é a casa de muitas empresas altamente bem-sucedidas e tem um panorama de anúncios vibrantes. Além disso, iniciativas como a Startup Amsterdam estão disponíveis para apoiar novas empresas, oferecendo recursos como painéis de pesquisa de emprego, perspetivas sobre a indústria e listas de eventos tecnológicos europeus. Amesterdão é uma ótima cidade para iniciares a tua carreira em tecnologia, com uma infinidade de empresas e start-ups. Tendo ainda excelentes infraestruturas para andar de bicicleta, cafés soberbos e alguns dos maiores talentos internacionais em tecnologia, é difícil pensar num lugar melhor para começar uma carreira e colocar em prática as tuas novas competências. O setor tecnológico em Berlim Mergulhada em História e repleta de arte, moda e cultura, Berlim é desde há muito um centro no espaço das start-ups, tornando-se um polo tecnológico dominante na Europa. De aplicações a fintech, marcas de comércio eletrónico e websites, empresas tecnológicas de todos os tamanhos estão sediadas em Berlim. Existe uma procura por profissionais competentes em toda a cidade e, na maior parte das empresas tecnológicas em Berlim, fala-se inglês, por isso não precisas de aprender mais uma língua para teres sucesso. Berlim também é uma das cidades mais económicas para viver na Europa. O panorama em tecnologia está agora bem estabelecido na capital alemã, com muitas start-ups que se orgulham de ter uma década ou mais de experiência, tornando-a um ótimo local para começares a tua carreira em tecnologia com start-ups experientes. Conferências como a International PHP Conference, DevOpsCon e IFA têm lugar todos os anos; estas conferências são uma excelente maneira de estabelecer contacto com outros profissionais da área, enquanto exploras novas empresas para os teus empreendimentos futuros. O setor tecnológico em Londres Embora o Reino Unido já não faça parte da UE, Londres ainda é um interveniente importante no panorama da tecnologia da Europa; muitas organizações tecnológicas mantiveram os seus escritórios devido à influência de Londres no setor, oferecendo excelentes oportunidades de emprego em tecnologia. É um dos melhores locais do mundo para start-ups, estando em segundo lugar a seguir a Silicon Valley, mas isto não é tudo: muitas empresas financeiras estão sediadas em Londres e a procura por profissionais de cibersegurança também é muito elevada. Embora seja um local muito caro para viver, os empregos em tecnologia em Londres são muito bem pagos e os colaboradores esta área conseguem facilmente cobrir os seus custos de vida. O setor tecnológico em Barcelona Já sonhaste com tardes de sol em Espanha, rodeado por praias e sangria? Em Barcelona, podes aproveitar o clima incrível e opções culturais ilimitadas, além de trabalhares na quinta área mais digitalizada da Europa. A cidade investiu muitos recursos em tecnologias de cidade inteligentes, que a ajudam a avançar em conjunto com os países do norte da Europa; também se orgulha de um ambiente de start-ups fantástico, oferecendo uma ampla gama de empregos em diferentes indústrias. Quem não gostaria de beneficiar de uma qualidade de vida maravilhosa enquanto trabalha em áreas de tecnologia, avançando em conjunto com as melhores grandes empresas de tecnologia da Europa? Barcelona oferece a oportunidade única de trabalhar a partir da praia e estabelecer contactos. O baixo custo de vida e o ambiente descontraído em Espanha fazem com que os talentos se dirijam continuamente para a região; estarás sempre rodeado pelos melhores. O setor tecnológico em Paris Com mais de 8000 start-ups, quem não gostaria de se dirigir para Paris? Esta cidade sonhadora e romântica possui um número incrível de universidades e centros de investigação, contribuindo para a indústria tecnológica em ebulição. A capital francesa tem grandes oportunidades na área da investigação e desenvolvimento, laboratórios, ciência teórica e talentos formados diretamente no país. Paris está quase a equiparar-se a Londres como maior polo tecnológico da Europa; alguns preveem que dentro de pouco tempo Paris será a número um. Mas até lá, considera juntar-te a um setor tecnológico reconhecido a nível internacional e desfrutar do estilo de vida parisiense. Mergulha na tecnologia Fazer um bootcamp em tecnologia é uma excelente maneira de iniciar uma carreira na área. Com a Ironhack, podes estudar temas como UX/UI design, análise de dados, web development, e cibersegurança; os nossos bootcamps intensivos estão disponíveis em várias cidades e idiomas e foram concebidos para te equipar com todas as competências essenciais e conhecimentos para iniciar um emprego em tecnologia numa das melhores cidades da Europa para empregos em tecnologia . Pesquisa os nossos cursos hoje e encontra a área que te interessa numa localização que adorarias explorar.

  • 5 minutes

    Campus em destaque: Lisboa

    Juliette Erath - 2023-01-20

    Lisboa

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    Financiamento

    A capital portuguesa está pronta para o receber com as suas ruas ensolaradas, comida saborosa e comunidade acolhedora. Não há melhor lugar para estudar desenvolvimento web , análise de dados , UX/UI design ou cibersegurança. Porquê Lisboa? Não tem a certeza do que Lisboa lhe pode oferecer? Dê uma vista de olhos: Desfrute de uma média de 260 dias de sol por ano para surfar, passear e aproveitar o bom tempo. Portugal é um país bastante pequeno, mas tem muito para oferecer. Se estiver em Lisboa, é fácil explorar o resto do país. Quer explorar a Europa? O aeroporto de Lisboa liga-o a outras grandes cidades europeias. Lisboa ostenta uma incrível comunidade internacional, o que significa que poderá encontrar cidadãos do seu país de origem, locais ou outros estrangeiros. Conheça outras pessoas que estão a aprender português e falam uma série de línguas. Em comparação com outros países europeus, o custo de vida em Portugal é mais baixo e proporciona uma alimentação incrível, bem como uma vida segura e protegida. Tem interesse em experiências não tecnológicas? Ótimo. Lisboa tem museus, galerias de arte, conferências, concertos e muito mais. Lisboa é também um ótimo lugar para nómadas digitais que procuram experimentar algo novo e trabalhar a partir do estrangeiro enquanto exploram . A sua mistura diversificada de culturas, combinada com um estilo de vida relaxante e um clima perfeito, significa que esta é uma excelente escolha. Ironhack em Lisboa Em apenas 3 anos, formámos 710 estudantes ! A Ironhack Lisboa foi fundada em março de 2019 e o nosso novo campus está pronto para lhe dar as boas-vindas a um dos nossos bootcamps. Cursos Ironhack em Lisboa Programação web : aprenda tecnologias de front e back end e todos os outros elementos que precisa de saber para se tornar um programador web completo. Análise de dados : torne-se um analista de dados através de ferramentas de aprendizagem como Python, SQL e Tableau e aprenda a interpretar os dados para tomar as decisões certas. UX/UI design : a conceção centrada no utilizador é fundamental aqui. Aprenda a pensar na conceção de forma a construir experiências digitais criadas especificamente para os utilizadores. Cibersegurança : os profissionais da cibersegurança são muito procurados devido à sua vasta gama de competências relativas à proteção das empresas contra riscos e pirataria. O nosso campus de Lisboa Está com sorte — durante as férias de inverno de 2022, nós mudámo-nos! Agora estamos na Rua do Instituto Virgílio Machado 14, 1100-284 Lisboa e o nosso terraço do campus central proporciona uma das melhores vistas da cidade . A nossa nova localização é verdadeiramente imbatível. Estamos no centro da cidade, rodeados por montes de restaurantes e bares, temos acesso fácil a lojas e podemos chegar a praticamente qualquer lugar com as várias linhas de metro e autocarros. O que mais poderia pedir?! E isso não é tudo: Lisboa acolhe anualmente um dos maiores eventos tecnológicos do mundo, a Web Summit . A comunidade tecnológica está a crescer incrivelmente depressa. Terá a oportunidade de participar em encontros e eventos incríveis que o apresentarão rapidamente à comunidade tecnológica. É a base de algumas das melhores startups do mundo. A sua será a próxima? Opções de financiamento em Lisboa Opções de financiamento Deve sempre consultar o seu banco ou a sua instituição financeira para ver que opções estão disponíveis para si. No entanto, seguem-se algumas que verificámos por si: Financiamento Estudantil: Este programa ISA é especificamente para pessoas que gostariam de iniciar uma carreira em tecnologia, mas não podem pagar a totalidade das propinas antes de encontrarem um emprego. O Financiamento Estudantil tratará das propinas e começará a reembolsar o dinheiro quando conseguir um emprego. Não é necessário nenhum depósito e pode reembolsá-lo durante 36 meses. Para obterem aprovação, os estudantes têm de demonstrar motivação, ter um perfil atrativo e completar o processo de admissão da Ironhack. Quotanda: A Quotanda oferece opções de financiamento para estudantes nacionais e internacionais, ao democratizar o acesso à educação com empréstimos favoráveis aos estudantes. Pode financiar os seus estudos na Ironhack através do seu processo de candidatura e aprovação online fácil de utilizar e decidir se quer pagar ao longo de 12, 18 ou 24 meses. Relaxe com um período de pagamento reduzido durante o seu curso – pague apenas 33,5 € por mês durante os primeiros três meses. O resto do seu pagamento será feito em prestações a partir de 250 €. Skills Fund (Fundo de competências): É um cidadão dos EUA a estudar na Ironhack Lisboa ? Financie as suas propinas e despesas de subsistência com o Skills Fund! Através do respetivo processo de candidatura online, pode escolher o pacote financeiro que melhor se adapta às suas necessidades. Pode decidir quanto pedir emprestado e prever os seus pagamentos mensais. Os fundos para despesas de subsistência são enviados diretamente para si e a Ironhack Lisboa recebe diretamente o empréstimo para as propinas. Concentre-se em iniciar a sua carreira com todos os seus custos cobertos! Acordos de partilha de rendimentos na Ironhack Fundação José Neves: É o próximo grande talento tecnológico português?! Temos a opção ideal para si: escolha a Fundação José Neves. A Fundação trata do pagamento integral da propina, e os estudantes só começam a pagar depois de se formarem e começarem a trabalhar na área. Os pagamentos baseados nos rendimentos são feitos à Fundação José Neves ao longo de 5 anos. Para se qualificar, o estudante tem de: Ter mais de 18 anos Ter endereço fiscal em Portugal Ter uma chave móvel digital Participar num bootcamp a tempo inteiro, no local Pagar em prestações Esta é a opção perfeita para quem não quer contrair um empréstimo, mas prefere pagar em prestações mais pequenas. Pode pagar diretamente à Ironhack em 4 prestações mensais (curso a tempo inteiro) ou 6 prestações mensais (curso a tempo parcial), sem custos adicionais. A primeira prestação tem de ser paga, pelo menos, 1 semana antes do início do bootcamp e os pagamentos seguintes devem ser efetuados até ao dia 10 de cada um dos quatro ou seis meses seguintes (de acordo com o bootcamp escolhido - a tempo parcial ou a tempo inteiro). O estudante só recebe o seu certificado e acesso aos serviços de carreira se os pagamentos estiverem em dia. A postos para iniciar a sua carreira na tecnologia numa das melhores cidades da Europa? Lisboa está à sua espera de braços abertos. Pergunte à nossa equipa de admissões o que quiser ou comece hoje mesmo a sua candidatura . Estamos entusiasmados por conhecê-lo!

  • Qual é a diferença entre um engenheiro de dados, um cientista de dados e um analista de dados?

    Ironhack - 2021-07-22

    Data Analytics

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    Muitas empresas e start-ups dependem de dados hoje em dia. Em particular, os que se encontram no espaço digital ou online. Quer se trate de acompanhar o comportamento dos clientes e as compras num site de comércio electrónico, comparar o desempenho do ano passado com o deste ano, ou medir o número de visitas que um site recebe, os dados desempenham um papel enorme na economia de hoje e no trabalho diário de muitos empregados. É um ativo crucial e valioso para o planejamento e desenvolvimento empresarial. Nunca houve melhor momento para iniciar uma carreira em dados, já que a procura por profissionais de dados, como analistas, cientistas de dados e engenheiros de dados, está a crescer rapidamente. Mas, qual é exatamente a diferença entre essas 3 funções específicas, e será que precisa de habilidades diferentes para cada uma? As diferenças entre um engenheiro de dados, um cientista de dados e um analista de dados É bastante comum confundir as diferenças entre ciência de dados e análise de dados , e como essas duas se relacionam com a engenharia de dados. Mas existem algumas diferenças fundamentais entre essas três funções. Um analista de dados precisa processar e interpretar os dados. Um cientista de dados precisa ser capaz de construir e desenvolver ferramentas que processem informações. Iremos dar uma olhada em cada função com um pouco mais de profundidade. E, um engenheiro de dados precisa ser capaz de construir programas ou sistemas que possam pegar dados e transformá-los em informações significativas que possam ser estudadas. O que um analista de dados faz? Basicamente, um analista de dados analisa os dados e os divide para que as empresas e equipes possam usá-los para tomar decisões. Saber qual página de destino de um site tem melhor desempenho em termos de SEO, por exemplo, ou saber quantos usuários saem de uma página da web imediatamente após a visita pode ser muito útil para decidir as próximas etapas de uma estratégia de conteúdo. Um analista de dados estuda os números e os apresenta de forma que as equipes possam usar as informações. Eles podem precisar entender o desempenho atual ou planejar o futuro e encontrar maneiras de otimizar vendas ou visitas ao site ou identificar tendências de acordo com diferentes grupos de usuários. Quais são as principais habilidades e responsabilidades de um analista de dados? As habilidades necessárias para esta função incluem: bom conhecimento estatístico fortes habilidades técnicas a capacidade de estudar informações numéricas e transformá-las em uma narrativa ou ponto de informação fazer relatórios e visualização de dados Quando se trata de responsabilidades, um analista de dados é responsável por coletar dados e compilá-los em um relatório. Isso pode ser baseado em fatores como prazo e atividade. Eles também são responsáveis por interpretar essas informações. Eles podem então traduzi-lo em relatórios lógicos, significativos e aplicáveis para seus colegas de trabalho. Essa função é um ótimo ponto de partida para qualquer pessoa interessada em uma carreira em dados. Ganhar experiência nessa área fornecerá uma base sólida para qualquer plano de carreira relacionado a dados. O que um engenheiro de dados faz? Um engenheiro de dados desenvolve e mantém a arquitetura de dados. Eles são especialistas em preparar grandes conjuntos de dados para que possam ser usados por analistas. Onde um analista precisa interpretar informações, um engenheiro precisa construir programas que podem gerar dados em um layout significativo. Quais habilidades são necessárias para esta função? Trabalhar com dados estruturados e não estruturados é um componente-chave para alguém nesta função. Portanto, o conhecimento em SQL é uma habilidade fundamental necessária. Tarefas como desduplicação de dados, gerenciamento e limpeza de dados também são importantes para um engenheiro de dados. Qualquer pessoa nesta função precisa de fortes habilidades de programação e conhecimento de algoritmos. Construir uma API pode estar entre suas responsabilidades, por exemplo, ou desenvolver uma infraestrutura em nuvem. É uma função muito técnica e também é necessário um bom conhecimento em ferramentas de engenharia e teste. Um engenheiro de dados é responsável por desenvolver e manter instruções de dados. Eles geralmente precisam desenvolver processos em torno da modelagem e geração de dados. Isso requer pensamento criativo e forte capacidade de resolução de problemas. Aplicar práticas padronizadas de gerenciamento de dados às necessidades do negócio também é uma responsabilidade crucial. O que um cientista de dados faz? Essa pessoa realiza análises estatísticas avançadas e estuda grandes conjuntos de dados. Eles precisam de conhecimento aprofundado de aprendizado de máquina e condicionamento de dados. Quais são as responsabilidades típicas de alguém nesta função? Um cientista de dados é responsável por tarefas como transformação e limpeza de dados. Eles trabalham para identificar e categorizar vários padrões em dados, bem como para desenvolver algoritmos de aprendizado de máquina que sejam mais precisos e eficientes. Eles precisam entender as necessidades da empresa ou equipa com a qual estão trabalhando para transformar e solicitar grandes conjuntos de dados, conforme necessário. Quais são as habilidades mais importantes para um cientista de dados? As principais habilidades de um cientista incluem sólidas habilidades matemáticas e conhecimento detalhado de R, SAS e Python. Eles também precisam estudar e entender algoritmos de aprendizado de máquina e estar familiarizados com grandes ferramentas de dados. Uma das habilidades mais importantes para essa função é um entendimento profundo de como as APIs são desenvolvidas e operam. Habilidades técnicas como otimização de dados e extração de dados são importantes para essa função. Habilidades pessoais, incluindo tomada de decisão e pensamento criativo, também são excelentes trunfos a ter. Treinamento e educação de dados Uma das melhores maneiras de iniciar uma carreira no campo de dados ou desenvolver seu conhecimento de análise existente é fazer um bootcamp de análise de dados . Este é um curso intensivo que fornecerá habilidades em áreas como Python, SQL, estatística e probabilidade. O bootcamp também cobre ferramentas como o Tableau. Esses são tópicos-chave para qualquer pessoa interessada em desenvolver uma carreira em análise de dados. No geral, a análise é um excelente setor para construir uma carreira. A demanda por profissionais é enorme, e é uma área lucrativa e estimulante para trabalhar.

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Mais de 11,000 amantes de tecnologia lançaram as suas carreiras na indústria da tecnologia com os bootcamps da Ironhack. Começa esta nova jornada e faz parte da revolução tecnológica!